O prefeito de Cacimba de Dentro, Nelinho Costa, e o vice-prefeito, Tutuca Ferreira, compraram votos para se elegerem nas eleições de 2016. A denúncia foi feita pelo do próprio vice-prefeito, Tutuca Ferreira durante entrevista na noite desta segunda-feira (14) ao Sistema Arapuan.
“Na realidade a gente teve que comprar muitos votos para poder ganhar a eleição. Quem veio votar na gente veio em troca de alguma coisa”, declarou.
Segundo o vice-prefeito, houve casos em que o voto chegou a custar R$ 1 mil.
Na campanha de 2016, de acordo com Tutuca, o gasto dos dois, que foram reeleitos nas eleições de 2020, ultrapassou R$ 2 milhões.
Dinheiro pego de lotérica
Tutuca Ferreira denunciou ainda que Nelinho Costa, que é dono de uma lotérica na cidade, teria pego dinheiro da própria lotérica para custear a reta final da campanha. O valor teria ultrapasso R$ 100 mil.
“Foi uma campanha dificílima. Eu já tinha gasto uns R$ 300 mil na campanha e eu não sei quanto ele já tinha gastado. Dinheiro emprestado ele já tinha pego com todo mundo que quisesse emprestar e de última hora ele pegou o dinheiro da lotérica”, afirmou. Segundo ele, depois que ganharam a eleição o prefeito conseguiu dinheiro e devolveu o que foi pego da lotérica.
O vice-prefeito garante que tem como comprovar as denúncias e que resolveu falar após ser ‘traído’ por Nelinho, que está apoiando outro candidato para prefeito na cidade nas eleições do próximo ano.
“Como ele tinha o compromisso comigo, de eu ser o sucessor e ele está me traindo, me traiu, decidi falar a verdade do que aconteceu na nossa campanha. Não é dor de cotovelo, enquanto eu estava com ele, eu correspondi, era homem de confiança, merecia respeito, e agora quando é para devolver a confiança, ele não quer corresponder. Se o povo quiser eu serei candidato. O prefeito está apoiando outro candidato, porque ele quer uma pessoa para ele continuar mandando na prefeitura”, completou.
Tutuca Ferreira disse, inclusive, que tem muito mais coisas “absurda” para dizer, mas não diz porque não tem como provar, “porque são coisas de bastidores”.