A vereadora Eliza Virgínia usou o plenário da Câmara Municipal de João Pessoa, nesta quinta-feira (25), para criticar o projeto aprovado esta semana pela Assembleia Legislativa da Paraíba que cria o Dia Estadual de Conscientização do Uso da Cannabis Terapêutica. O tema gerou debates acirrados na Casa, inclusive sendo proibido o uso da palavra ‘medíocre’ no plenário. As críticas de Eliza foram acompanhadas pela também vereadora Raíssa Lacerda. Já o vereador Tibério, autor de um projeto parecido na CMJP, desaprovou a atitude das parlamentares.
“Foi aprovado pela Assembleia Legislativa o dia da conscientização para o uso medicinal da maconha, mais ou menos isso. Então, é medicinal, não tenho nenhum problema com isso, mas para quê fazer um dia em alusão ao uso da maconha? O que fica na cabeça do povo é maconha, aí colocam o nome de Cannabis porque é um nome científico e pode chamar menos atenção, mas, na verdade, todo mundo já sabe, o pessoal da esquerda adora uma maconha, não tem jeito”, disse Eliza enfática.
De acordo com Eliza e Raíssa, não é necessária essa promoção à conscientização do uso da maconha. Eliza chega a afirmar que não se pode permitir nas casas legislativas que aos poucos vá se ganhando esse corpo e que a maconha possa chegar a ser descriminalizada. “Esse é o início de tudo, não só da maconha, do cigarro, mas é o início para drogas mais pesadas. Acho desnecessário e medíocre projetos como esse”, disse a vereadora
O vereador Tibério Limeira, autor do projeto de lei que estabelece o dia 7 de maio como ‘Dia Municipal de Visibilidade do Uso Medicinal da Cannabis’, aprovado em agosto de 2018 pela CMJP, defendeu a importância de se comemorar este dia e desaprovou a atitude das vereadoras que, segundo o mesmo, estavam fazendo gozação com um assunto sério e que atinge diretamente a vida de tantas pessoas.
“As duas Vereadoras estavam fazendo gozação com um projeto de minha autoria que foi aprovado no ano passado. Começaram a acusar a esquerda de gostar de ficar doidão e isso não é postura de parlamentar. Eu apenas disse a ela que isso é um debate medíocre e que elas fizessem essa gozação com as mães de crianças com epilepsia, pessoas com câncer, Parkinson ou Alzheimer, pessoas com autismo, como eu mesmo que tenho um filho diagnosticado com a doença, pessoas que se utilizam do óleo da Cannabis e têm tido avanços consideráveis graças a luta de muita gente e a projetos como esse”, finalizou Tibério.
Da Redação