O deputado estadual Bruno Cunha Lima (Solidariedade), que tentou uma vaga na Câmara Federal nestas eleições de 2018, mas acabou não ficando entre os 12 nomes mais votados, escreveu um texto em seu perfil na rede social Instagram contando que não ficou triste com o resultado das urnas.
Para o parlamentar, o importante foi ter construído os 44.143 votos que recebeu de forma limpa, sem nenhum comprado, sem comprar o apoio de nenhuma liderança, sem fazer a conhecida “boca de urna”, sem distribuir cimento, tijolo, feira, sem corrupção.
Durante a campanha, Bruno foi o único deputado estadual que rejeitou o repasse de R$ 1 milhão que seria doado pelo seu partido para realização da campanha eleitoral. Na época o parlamentar informou ser contra a utilização do dinheiro público nas eleições enquanto milhares de pacientes de câncer estão sofrendo e até morrendo pela falta de um medicamento ou de uma cirurgia.
Leia o texto do Cunha Lima na íntegra:
Desde o resultado das eleições, muitas pessoas têm me perguntado como eu estou. A resposta pode parecer simplória, mas é a única que transmite a verdade: eu estou bem!
Não posso deixar de dizer que nos primeiros dias bateu aquele velho banzo. Por duas razões! A primeira é graças à desaceleração da rotina e porque a gente deixa de conviver todo dia e toda hora com uma família que se forma. Segundo, claro, por conta do resultado em si. Afinal, ninguém entra numa eleição querendo “perder”.
Mas, aí está o X da questão. Eu não me considero um “perdedor”. Muito pelo contrário! Construímos 44.143 votos #LIMPOS, sem nenhum comprado, sem comprar o apoio de nenhuma liderança, sem fazer a conhecida “boca de urna”, sem distribuir cimento, tijolo, feira – nada. Isso é um #fenômeno! É óbvio que se tudo isso tivesse vindo acompanhado pela conquista do mandato, seria ainda melhor. Mas, eu lembro bem do que publiquei alguns dias antes das eleições: o que nós vamos viver a partir de agora é algo muito maior que uma simples eleição. Vamos reconstruir muros!
Quando eu digo que estou bem é porque estou com a cabeça e o coração muito tranquilos em relação ao resultado das eleições. Confrontar o sistema tem seus riscos e eu os assumi. Quer saber mais? Se tivesse a oportunidade de voltar no tempo, eu faria exatamente o que fiz: uma eleição limpa, sem corrupção, tendo sido o único deputado que abriu mão de receber dinheiro público pra campanha, sem me render ao sistema podre que faliu a economia, a política e a moral desse país. Faria tudo de novo, mesmo sabendo que teria esse resultado! Nenhuma vitória paga o preço da consciência limpa.
Topei os riscos de confrontar o sistema e toparei quantas vezes forem necessárias. Sabe por quê? Porque não é o resultado de uma eleição que vai mudar o que eu acredito. Essa vida é muito passageira pra trocar o que eu sou, os meus princípios, por um resultado eleitoral. Como disse no texto que publiquei na segunda: Eu acredito na semente que estamos semeando! Mais cedo ou mais tarde ela vai brotar e dar frutos.
Como disse minha irmã @marinanepo, “toda mudança requer tempo, dedicação e perseverança”. O trabalho continua e o #futuro é logo ali!
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Redação Bastidores da Política
Maryjane Costa