A organização social Ecos (Espaço Cidadania e Oportunidades Sociais) terceirizou a gestão de nada menos do que 318 escolas estaduais da Paraíba. E lá acomodou centenas de funcionários selecionados pela empresa. A suspeita é de que as nomeações dos funcionários se dariam por indicações políticas. Uma dessas seria precisamente o engenheiro Lucas Vinicius Leite da Silva.
Ele comanda a Ecos a partir de Campina Grande e, não talvez por mera coincidência, vem a ser… sobrinho da ex-secretária Livânia Farias. Essa coincidência chamou a atenção de integrantes do Gaeco (Ministério Público da Paraíba). Essa organização social, é bom lembrar, celebrou contrato de terceirização com o governo do Estado no valor nada módico de… R$ 117,2 milhões, ano.
Para se ter uma ideia do tamanho da conta da terceirização na gestão de escolas estaduais, o Ecos, junto com a Insaúde (Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde) arrebatam nada menos do que R$ 234 milhões. Uma conta tamanho-família (ops!). Como se sabe, foi uma ofensiva do ex-governador Ricardo Coutinho de contratar organizações sociais, para terceirizar as escolas e legalizar os codificados.
Em fevereiro último, o Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar a contratação das duas organizações sociais. A investigação foi determinada pelo procurador da República, Antônio Edílio Magalhães Teixeira, a partir de indícios de irregularidades na terceirização das escolas estaduais em valores elevados e ainda a quarteirização de serviços, contratando outras empresas sem licitação.
As investigações do MPF estão em andamento.
Blog do Hélder Moura