O diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, já realizou ao menos duas trocas de superintendentes da corporação nos estados desde que assumiu o cargo na última segunda-feira (4).
Para a superintendência do Rio de Janeiro foi escolhido o delegado Tácio Muzzi, que substituirá Carlos Henrique Oliveira. Nesta terça-feira (5), Oliveira foi confirmado como o novo diretor-executivo da PF, o segudo cargo mais importante da corporação.
Tácio Muzzi está na PF desde 2003 e foi superintendente interino no estado durante cinco meses no ano passado. Na PF, ele participou de várias investigações de combate à corrupção como a operação Gladiador que prendeu o ex-chefe de Polícia Civil do RJ, Álvaro Lins.
Ele foi chefe da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros, da superintendência a crimes financeiros, e também atuou no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperacao Jurídica Internacional (diretor adjunto) e foi diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
A superintendência do Rio está no centro das acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, estaria tentando interferir politicamente na PF.
Diretorias
O diretor-geral também escolheu quem irá ocupar as demais diretorias da Polícia Federal:
- Diretoria Executiva (DIREX) – Carlos Henrique Oliveira de Souza (ex-superintendente no Rio);
- Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DICOR) – Igor Romário de Paula (mantido no cargo);
- Diretoria de Inteligência Policial (DIP) – Alexandre Isbarrola;
- Corregedoria-Geral de Polícia Federal (COGER) – João Vianey Xavier Filho;
- Diretoria de Administração e Logística Policial (DLOG) – André Viana Andrade;
- Diretoria de Gestão de Pessoal (DGP) – Cecília Franco (ex-superintendente de Alagoas);
- Diretoria de Tecnologia da Informação e Inovação (DTI) – Willian Marcel Murad.
As diretorias Executiva, de Combate ao Crime Organizado e de Inteligência Policial são consideradas as mais importantes dentro da corporação. Porém, entre elas, a diretoria ocupada por Carlos Oliveira trata principalmente de assuntos administrativos, sem participar diretamente de investigações.
G1