Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (10), o secretário de Administração Penitenciária do Estado, Sérgio Fonseca, contou com detalhes como aconteceu a ação que resultou na fuga de 105 presos após explosão do portão da unidade prisional PB1 e qual o objetivo dos bandidos.
De acordo com as informações repassadas por Fonseca, os bandidos se esconderam no matagal que fica ao redor da unidade penitenciária munidos de armamentos de guerra e de lá atiraram várias vezes, com armas de grosso calibre, contra o alojamento dos agentes penitenciários e guaritas dos policiais militares. Os tiros ultrapassaram as paredes do presídio, o que obrigou os profissionais da segurança a buscarem abrigo. Neste momento os bandidos aproveitaram para explodir a entrada da prisão.
Após isso, ainda segundo o relato do secretário, que foi feito a partir das imagens do local, o grupo adentrou no PB1 e inicialmente resgatou Romário Gomes da Silva, o “Romarinho”, um dos criminosos mais procurados do Estado com o auxílio de um alicate e depois largaram o equipamento. Os bandidos entregaram um fuzil AK-47 para o detento, que a partir daí começou a comandar a ação. Com o alicate largado pelo grupo os presos começaram a libertar os outros detentos.
Além de Romarinho, também foram alvo do resgate os presos Antônio Arsênio e Ivanilson Pereira de Macedo. Livaci Muniz da Silva, conhecido por ‘Galeguinho’, não conseguiu fugir. Os quatro formam o grupo que explodiu o carro forte na BR-230 e foram presos com forte armamento dentro de casa, na cidade de Lucena, no início de agosto.
Ainda segundo Sérgio Fonseca, a ação é uma ação é isolada, segunda no presídio, e que os policiais estão preparados. De acordo com Sérgio, as próximas medidas a serem tomadas são recuperar o que foi perdido e reforçar o presídio.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, disse que a ação foi semelhante às de quadrilhas especializadas em ataques a instituições financeiras e informou que 41, ou seja, 39% dos presos 105 presos que fugiram já foram recapturados e que as divisas serão reforçadas. “Todas as forças de segurança pública estão com força total. Vamos caçá-los”, falou Euller.
Durante a ação, 17 agentes estavam trabalhando no presídio que no momento abriga 680 detentos, número bem abaixo da proporção ideal indicada pela ONU, que é de até cinco presos para cada agente.
Da Redação