A secretária de Habitação de João Pessoa, Socorro Gadelha, recebeu, no final da manhã desta quarta-feira (6), uma comissão do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e representantes das famílias que ocuparam o Edifício Nações Unidas, no Centro da Capital. A gestora apresentou as soluções encontradas pela Prefeitura de João Pessoa para a desocupação do imóvel, que, de acordo com laudos da Defesa Civil, tem problemas estruturais que põem em risco a vida das pessoas.
“Foi um encontro positivo. Nós expomos a situação do Edifício Nações Unidas, que atualmente não tem condições de habitação, pois apresenta fissuras e riscos de desmoronamento. Nós oferecemos cadastrar as 42 famílias nos nossos programas habitacionais e conversamos sobre possibilidade de oferecermos auxílio-moradia. Eles ficaram de nos dar uma resposta até esta quinta-feira”, pontou Socorro Gadelha.
O prédio foi ocupado na madrugada desta terça-feira (5) por famílias que alegam não ter condições de pagar aluguel e decidiram reivindicar o imóvel para moradia. O Edifício Nações Unidas foi desapropriado pela Prefeitura em 2019 para ser destinado ao funcionamento de mais um shopping popular no Centro da cidade.
De acordo com Socorro Gadelha, já há um projeto para a reforma do imóvel, que contará com 43 apartamentos, além de salas comerciais. “Estamos trabalhando com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) para reformar o espaço. Acredito que em 60 dias a obra será licitada”, destacou.
O imóvel – Localizado em uma área tradicional e privilegiada do Centro da cidade – em frente ao Ponto de Cem Réis, o Edifício Nações Unidas conta com cinco pavimentos, com 54 salas que eram destinadas a diversos usos como escritórios e comércio. Além disso, o edifício conta com áreas de circulação, um elevador e uma área de subsolo, totalizando aproximadamente 765 m².