O governador Ricardo Coutinho, amigo pessoal do presidente Lula, não deixou de participar dos atos em prol do ex-presidente que aconteceram ontem e na madrugada de hoje, em João Pessoa. Ricardo discursou durante vigília organizada pela Frente Brasil Popular e pelo MST e defendeu a liberdade de Lula, além de falar que os anos do presidente foram os anos nos quais mais se combateu a corrupção institucionalmente.
Em vídeo gravado para a vigília Ricardo alega que Lula é inocente por questões óbvias e que ninguém pode ser condenado sem provas. “Como alguém pode ser dono de algo que não tem a escritura, não tem a posse, não morou lá?”, questionou o governador.
Coutinho ainda completou falando que o que está em discussão nesse caso não é o triplex, mas sim o Estado Democrático de Direito e o povo brasileiro. “O que está em discussão é um modelo e uma visão que o Brasil tinha e a visão que o país tem hoje. A visão de hoje é um Brasil para poucos, é um Brasil para os mais ricos, para os interesses que estão fora do país e que foram peitados pela ousadia do governo de Lula”, disse.
Ricardo ainda ironizou a frase atribuída aos procuradores da Lava Jato falando que o povo brasileiro conseguiu construir uma liderança popular digna e “querem destruir isso não através de provas, mas por convicções, convicções essas que não são as do povo brasileiro”, disse e finalizou: “mais do que nunca é preciso resistir”.
Julgamento – Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em primeira instância, no caso do triplex no Guarujá. Em julho de 2016, Moro condenou Lula a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No entanto, essa decisão pode ser revista, mantida ou modificada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª (TRF-4), que analisa hoje os processos em segunda instância da Lava Jato.
Redação Bastidores da Política
Maryjane Costa