O Partido dos Trabalhadores na Paraíba (PT) na Paraíba registrou nesta quinta-feira (25) as candidaturas das chapas unificadas para a disputa do Processo de Eleições Diretas (PED) e do 7º Congresso Estadual do Partido. A cerimônia foi acompanhada por diversas lideranças políticas do PT, entre eles os deputados federal e estadual, Frei Anastácio e Anísio Maia; o vereador, Marcos Henriques e o ex-senador Lindbergh Farias (PT/RJ).
A unificação de forças políticas para as eleições internas permite a continuidade do mandato de Jackson Macêdo como presidente Estadual do PT na Paraíba e ainda garante Giucélia Figueiredo como presidenta do diretório municipal de João Pessoa.
Em conversa com a imprensa local, Lindbergh Farias disse acreditar que o atual cenário político nacional já aponta para um Estado de exceção e cabe às forças progressistas sair às ruas em defesa da democracia.
“Nós não estamos mais em uma democracia, isso é um golpe pra valer e um golpe em três etapas. Primeiro depuseram a presidenta Dilma, depois prenderam Lula, para então eleger Bolsonaro. Eu não acredito que a saída virá pelo judiciário ou através de nossa articulação no congresso, por mais forte que seja, nós só vamos ganhar com o povo nas ruas, por isso é importante apostar na mobilização popular”, disse o ex-senador. “Aqui em João Pessoa, a reitora da UFPB chamou a comunidade acadêmica para discutir o ‘Future-se’ e os estudantes foram para frente; por isso eu estou convencido que o setor mais dinâmico de mobilização é a educação, através de estudantes, professores e dos sindicatos que são fortes, acho que é por aí que a gente pode recuperar o país”, apontou.
Lindbergh ainda comentou sobre o futuro da esquerda brasileira e destacou o movimento de unificação promovido na Paraíba. Para ele “o inimigo é muito maior” e por isso a esquerda precisa formar uma frente ampla no combate ao retrocesso social.
“No momento a nossa concentração e todas as energias estão sendo dedicadas a unificar a esquerda para o processo das eleições, encontrar um consenso, porque a gente não pode se dividir num momento como esse. Nós estamos enfrentando um governo de extrema direita e essa é a luta mais importante hoje”, defendeu. “No Rio de Janeiro temos um papel importante que é de apoiar e eleger Marcelo freixo, em Porto Alegre se houver candidatura de Manuela D´Ávila também vamos apoiar, esse é o momento de dialogar com todos os Partidos e utilizar esse espaço criado nas eleições para unir as forças do campo popular”, apontou.
União contra o atraso
Para Giucélia Figueiredo, a unidade conquistada no Partido é fruto do alinhamento com os interesses da população. Ela acredita que a união serve para reafirmar o compromisso do PT com os trabalhadores e trabalhadoras, atacados pelo governo Bolsonaro.
“Esse é um esforço concentrado, uma compreensão política que é a reafirmação do nosso compromisso com o PT”, disse. “A militância do PT da Paraíba quer essa unidade e esse é o nosso compromisso com o PT militante, dirigente e com o PT que todos nós queremos e que o povo brasileiro necessita: um PT para tempos de guerra”, apontou.
Jackson Macêdo também defendeu a união do campo da política progressista para conter os “desmandos” do governo Bolsonaro. Ele acredita que a unidade das forças internas, conquistada na Paraíba, vai servir de exemplo, mostrando ao país a força e maturidade do PT/PB.
“O PT é um dos Partidos mais democráticos do Brasil e por isso tem um debate interno muito forte, mas aqui na Paraíba todas as forças políticas entenderam que o enfrentamento ao governo Bolsonaro exige a unidade do Partido e que por isso devemos construir uma unidade no discurso e nos preparar para as eleições 2020, também para chegarmos firmes em 2022 e eleger o próximo presidente do Brasil”, disse.