Nesta quinta-feira, 21 de novembro, os bancários vão retardar a abertura do expediente ao público em uma hora nas agências de João Pessoa, dentro das atividades do Dia Nacional de Luta contra a MP 905/2019, em defesa do fim de semana do bancário e pela manutenção da distribuição da PLR, da jornada de seis horas diárias e das 30 horas semanais.
Uma semana após a edição da MP 905, a população brasileira deixou claro – na consulta online feita no Site do Senado Federal – que não apoia mais esse ataque do governo neoliberal aos direitos da classe trabalhadora, que vai sofrendo mais derrotas a cada reforma, além de perder o direito a uma aposentadoria digna com a reforma da Previdência.
E essa medida provisória já denominada de “Bolsa Patrão”, está recheada de itens encomendados pelos banqueiros e, naturalmente, vai atingir em cheio os bancários: a jornada de seis horas diárias e 30 horas semanais será mantida apenas para operadores de caixa e os demais vão trabalhar oito horas diárias; abre a possibilidade de a categoria trabalhar aos sábados, domingos e feriados; e ameaça a distribuição da Parcela de Lucros e Resultados (PLR) nos moldes atuais.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida esclarece à sociedade que a conquista da jornada de seis horas não é um privilégio concedido pelos banqueiros, mas uma conquista da categoria em compensação ao desgaste pela natureza do serviço executado por bancários e bancárias.
“Para produzir os lucros fabulosos dos bancos, bancárias e bancários sofrem todo o tipo de pressão no cumprimento de metas abusivas, muitas vezes em condições precárias de trabalho e sobrecarregados pela falta de funcionários, que concorrem para o adoecimento. O Dieese compilou dados do INSS que apontam que, em 2013, os transtornos mentais deixaram para trás as lesões por esforços repetitivos e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort) e se tornaram a principal causa de afastamento para tratamento de saúde na categoria bancária. Agora, imagine o que poderá acontecer com bancárias e bancários se a jornada passar de seis para oito horas diárias e os bancários tiverem que trabalhar aos sábados, domingos e feriados. É por isso que somos contra a MP 905, elaborada para atender a ganância dos banqueiros”, concluiu Lindonjhonson Almeida.