O presidente interino da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Carlão (PL), participou de um almoço festivo por ocasião da instalação do Tribunal Eclesiástico, que aconteceu nesta terça-feira (11), no Centro Cultural São Francisco. A solenidade foi prestigiada por diversas autoridades e representantes dos poderes locais.
Carlão destacou que o arcebispo Dom Delson entra para história da Arquidiocese da Paraíba com a instalação do Tribunal Eclesiástico. “É com muita alegria que a Câmara de João Pessoa participa deste momento de instalação. Dom Delson entra para a história trazendo o Tribunal Eclesiástico para nossa João Pessoa, para fazer julgamentos de toda a administração da Igreja, mas, sobretudo, para proteger menores e adultos vulneráveis. Essa é a missão da Igreja e de Dom Delson, é a missão de Nosso Senhor Jesus Cristo e a gente acompanha isso com muito carinho e atenção”, comemorou.
O Tribunal Eclesiástico será presidido pelo Padre Luiz Carlos Machado, que esclareceu o papel da instituição. “O Tribunal Eclesiástico nos remete a uma tradição muito antiga da Igreja. Atualmente, 99% das causas apresentadas nos tribunais eclesiásticos são de nulidade do sagrado matrimônio, causas apresentadas à Igreja por casais que contraíram matrimônio religioso e que, por algum motivo, aconteceu o falecimento da vida conjugal e eles querem da Igreja um juízo acerca do seu estado de vida”, explicou o padre, destacando que a relevância dessa instalação é a proximidade do órgão judicial aos fiéis. “Outra relevância é a possibilidade de que o Tribunal atenda às pessoas mais carentes, que serão beneficiadas com a justiça gratuita para obter sua nulidade”, afirmou.
Padre Luiz Carlos Machado também falou de outras causas que podem ser atendidas pelo Tribunal Eclesiástico, como eventuais causas penais. “Recentemente a Igreja Católica tem impulsionado muito a proteção da tutela de menores e de adultos vulneráveis dentro da Igreja, tema relevante para o Estado. A Igreja se preocupa com isso. Então, ao lado do Tribunal Eclesiástico também foi instalada a Comissão para Tutela e Proteção dos Vulneráveis. Sendo assim, o Tribunal também atua nesta área, sobretudo, em parceria com o Ministério Público, em delitos praticados na Igreja por fieis de maneira geral”, revelou.
O Arcebispo Dom Manoel Delson afirmou que ter o Tribunal Eclesiástico é um sonho da Arquidiocese da Paraíba. “Até o presente momento nós tínhamos que recorrer sempre ao Tribunal Regional de Olinda e Recife. A instalação do nosso Tribunal vai facilitar muito a tramitação dos processos, porque aqui as pessoas têm acesso aos agentes do Tribunal para as entrevistas, esclarecimentos e para informar cada passo dos processos. Assim, fica muito mais acessível para o nosso povo a ação da justiça eclesiástica na Paraíba. Vamos, então, bendizer a Deus pelo bem que o Tribunal vai realizar na nossa Arquidiocese”, comemorou.