A Justiça da Paraíba manteve as prisões preventivas de Aílton Suassuna, prefeito afastado do município de Tavares, e de Michel Suassuna, seu irmão. Eles foram presos na manhã desta sexta-feira (30) suspeitos de extorquir um empresário em busca de propina.
A decisão foi tomada em audiência de custódia que aconteceu na tarde desta sexta-feira (30), no Fórum Criminal de João Pessoa. A prisão foi pedida pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deccor) e autorizada pelo desembargador Arnóbio Alves Teodósio, relator da Operação República no tribunal de Justiça da Paraíba.
Os irmãos foram levados para o 5º Batalhão da Polícia Militar da Paraíba, no bairro Valentina Figueiredo, Zona Sul da capital. Estiveram presos no mesmo local os prefeitos afastados de Cabedelo, Leto Viana e de Bayeux, Berg Lima.
Aílton Suassuna já está afastado do cargo até a conclusão do processo, segundo informou o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) Manoel Cassimiro Neto.
A prisão foi realizada em uma parceria do Gaeco com a Deccor. A operação, batizada de “República”, também já havia efetuado na semana passada a prisão do irmão do gestor, Michael Suassuna, secretário de Finanças de Tavares. Ele, porém, acabou sendo liberado na quinta-feira (22).
De acordo com o delegado do Gaeco, Allan Terruel, Aílton Suassuna vai se apresentar em breve à Justiça, em João Pessoa.
“Ele vai ser encaminhado para apresentação ao desembargador ou juiz nomeado pelo desembargador, vai realizar a audiência de custódia e seguidamente será definido o local em que ele vai ficar, possivelmente no 5º Batalhão [de Polícia Militar]”, explicou.
Terruel ainda destacou que a prisão foi decretada pelo desembargador após o MPPB ouvir diversos depoimentos e ter atestado os crimes dos quais o prefeito é acusado. O delegado também falou sobre a situação de Michael Suassuna, que deve ser novamente detido.
Portal T5