As quebras de sigilos de Flávio Bolsonaro em setembro de 2020, quando ainda não havia uma decisão judicial contestando a legalidade da decisão da Justiça fluminense revelam a amplitude do esquema das rachadinhas por parte dele, de seu irmão Carlos e de Jair Bolsonaro, quando era deputado federal.
A informação faz parte de uma série de reportagens publicadas pelo UOL nesta segunda-feira (15).
O site detalha uma série de operações suspeitas de assessores da família Bolsonaro, caracterizadas pelo uso de grandes volumes de dinheiro em espécie.
Em um dos casos relacionados a Jair Bolsonaro, a ex-cunhada, Andrea Siqueira Valle – irmã da segunda esposa do presidente, Ana Cristina Siqueira Valle – trabalhou por oito anos, de 1998 a 2006, no gabinete do então deputado federal em Brasília. Morando em Resende, no interior do Rio, Andrea teve todo o dinheiro da conta – um saldo de R$ 54 mil – zerado em saque feita pela irmã, Ana Cristina, um ano e dois meses depois de ser exonerada do cargo.
O outro caso mostra que quatro funcionários nomeados no gabinete de Jair Bolsonaro retiraram 72% de seus salários em dinheiro vivo – um total de R$ 551 mil dos R$ 764 mil recebidos líquidos – que era entregue a operadores da rachadinha, sendo Fabrício Queiroz o principal deles.
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