A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação das medidas cautelares contra Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e o advogado Amauri Feres Saad. Ambos são investigados por suposta participação na elaboração de uma das minutas golpistas ligadas aos atos de 8 de janeiro.
O pedido, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, argumenta que não há mais necessidade de manter a apreensão de bens, como celulares, computadores e passaportes, nem a proibição de contato entre os investigados. A decisão caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
Apesar de terem sido indiciados pela Polícia Federal, a PGR ainda não apresentou denúncia formal contra os dois. Segundo Gonet, os elementos reunidos até agora não justificam a manutenção das restrições.
Tércio Arnaud foi apontado como membro do chamado “Gabinete do Ódio”, grupo acusado de disseminar desinformação durante o governo Bolsonaro. Já Amauri Saad foi mencionado na CPI do 8 de Janeiro como um dos responsáveis pela minuta golpista encontrada com o ex-ministro Anderson Torres, que nega envolvimento na trama.
