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Pernambuco e Paraíba disputam primeira viagem de Bolsonaro ao Nordeste

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O Nordeste terá de esperar mais um pouco para receber a primeira visita oficial de Jair Bolsonaro, alvo de disputa entre as cidades. Nesta sexta, o presidente visitou o Norte. Esteve em Macapá (AP) para inaugurar o novo aeroporto. Campina Grande (PB) esperava receber, na última quinta, o chefe do Executivo federal para inaugurar uma usina de dessalinização de água, mas a visita foi adiada.

Na última sexta-feira, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), anunciou que a vinda do presidente ao município pode ocorrer em junho, durante a festa de São João. Já o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) disse que Bolsonaro só deve fazer uma visita ao Nordeste no mês que vem. “Estive com o presidente na última quarta-feira e falei que era uma boa ideia visitar os estados. Ele hoje está em visita ao Amapá e já disse que pretende ir ao Nordeste. Dei a sugestão para ir a Pernambuco em maio, e ele disse que iria”, declarou Coelho. O roteiro da visita deverá ser definido até o fim de abril, informou o senador.

Reserva mineral

Durante a inauguração do novo aeroporto de Macapá, Bolsonaro aproveitou para defender a exploração da Renca (Reserva Nacional do Cobre Associados). A reserva mineral chegou a ser extinta no Governo de Michel Temer (MDB), mas depois houve recuo. Com tamanho equivalente ao Estado do Espírito Santo, ela fica na divisa entre Pará e Amapá, e é rica em ouro, ferro e cobre. A reserva, apesar de se destinar à proteção de recursos minerais, é tida por ambientalistas como uma importante barreira para a preservação da fauna e flora locais.

“Sempre me refiro, no tocante a riquezas, ao pequeno estado de Roraima. Mas este grande estado, médio Estado do Amapá, também é rico. Conversando com alguns parlamentares, vamos conversar sobre a Renca? A Renca é nossa. Vamos usar as riquezas que Deus nos deu para o bem-estar da nossa população”.

Amazônia

Questionado por um repórter se a Amazônia ainda era do Brasil, o presidente defendeu a exploração da região.

“Se você estudar um pouquinho mais, com todo o respeito a você (se referindo ao repórter que fez a pergunta), com essa indústria de demarcação de terras indígenas, que nasceu lá atrás, depois que o Figueiredo (1979-1985) deixou a presidência, pode, mais cedo ou mais tarde, nós perdermos a Amazônia, porque novos países poderão passar a existir aqui dentro do Brasil”, respondeu o presidente.

Essa foi a primeira visita de Bolsonaro ao Amapá, o único estado que ele não visitou durante a campanha. Quando seu nome foi chamado ao microfone, o público presente puxou gritos de “mito!”.

Terra de Davi Alcolumbre (DEM), presidente do Senado, Bolsonaro aproveitou para fazer elogios ao senador, com quem disse ter jogado futebol.

“Quando o Alcolumbre começou a correr atrás de uma possível candidatura ao Senado, eu conversei com ele. Fiz uma brincadeira, que deu certo: Davi, tem Messias no Planalto, por que não, um Davi no Senado?”, brincou ele, citando nome do meio Messias.

 

Diário do Nordeste

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