Religião, princípios cristãos, povo negro e o direito das mulheres foram os principais temas abordados pela vereadora Sandra Marrocos (PSB), durante seu pronunciamento na manhã desta terça-feira (16) na sessão da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Sandra ocupou a tribuna para, entre outras questões, para defender a laicidade do Estado e afirmar que religião não se mistura com o seu fazer política.
Segundo ela, seus princípios cristãos lhe guiam na bondade, no amor e numa cultura de paz, construída na sororidade (união e aliança entre as mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum). A vereadora disse não concordar com a fala de alguns companheiros da parlamentar na tribuna: “O que está acontecendo nesta Casa, hoje, não é um debate de ideias”, lamentou.
Sandra Marrocos lamentou, também, que o crime organizado e o narcotráfico no País tenha crescido, se propagado e criado raízes no Nordeste. Para ela, existe uma divida histórica com o povo negro. “Eu afirmo e reafirmo, aqui, a garantia de direitos do povo negro, a cidadania plena das mulheres e a cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros)”, acrescentou, fazendo um apelo para que se desconstrua o discurso do ódio que assassina e mata LGBT todos os dias.
A parlamentar deixou claro, ainda na tribuna, que dialoga com todos os setores religiosos. “Eu encontrei em todas as religiões o amor na sua mais forte essência. Falo do amor que Buda pregou, Jesus pregou, Oxum pregou, Xangô pregou e que a adversidade religiosa prega”, ressaltou.
Aparte
Em aparte, a vereadora Eliza Virgínia (PP) rebateu alguns pontos do pronunciamento de Sandra e assegurou que não estava pregando a morte de ninguém. Para ela, estão querendo tampar o sol com a peneira, quando se trata dos desmandos realizados pelo PT.
CMJP