Além de Shirley, também o advogado Diego Alves Lima, com quem Coriolano tem grande proximidade. Há quem comente que seria “uma espécie de filho de criação”. Shirley foi contratada como “superintendente pedagógica”, com vencimentos de R$ 10 mil. Diego, que também é assessor de gabinete da Secretaria de Comunicação do Estado, foi contratado como assessor jurídico da organização social, informa publicação do Blog do Hélder Moura.
Faturamento – As duas organizações sociais (Ecos e InSaúde), que terceirizaram mais de 652 escolas da rede pública, já faturaram cerca de R$ 234 milhões, somente em 2018. O Insaúde tem sede na Paraíba, no bairro dos Estados, em João Pessoa. (Av. Guanabara, 272).
Investigações – Em fevereiro deste ano, o Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar a contratação das duas organizações sociais. A investigação foi determinada pelo procurador da República, Antônio Edílio Magalhães Teixeira, a partir de indícios de irregularidades na terceirização das escolas estaduais em valores elevados e ainda a quarteirização de serviços, contratando outras empresas sem licitação.
Propinoduto – Coriolano, como se sabe, recentemente, virou réu em ação penal, após o juiz José Guedes (4ª Vara Criminal) ter acatado denúncia do Gaeco por participação no escândalo do Propinoduto. Coriolano, Gilberto Carneiro e Livânia Farias, mais seis pessoas, foram denunciadas. O caso ocorreu em 2011, relativa a uma mala com R$ 81 mil em propinas, dinheiro destinado a agentes públicos.
Durante a realização de uma blitz de rotina, em junho de 2011, policiais mandaram um motorista parar para averiguações. De forma inesperada, ele tentou evadir-se, mas não conseguiu furar o cerco policial, e acabou detido. Era Rodrigo Lima da Silva.
Dentro de um veículo, os policiais encontraram R$ 81 mil, em espécie. O dinheiro tinha sido sacado numa agência do Banco do Brasil, em Recife. Junto, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente… R$ 81 mil.
Conforme documento protocolado pelo Forum dos Servidores da Paraíba junto ao Ministério Público, o “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra. Laura (Farias), então superintendente da Sudema.