Há vários anos os políticos paraibanos e secretários do alto escalão vêm desfrutando de mensalões na velha prática da política de desvio de dinheiro público. Saúde, Educação, Segurança, entre outras pastas, quase nenhuma se salva das ordens de serviços superfaturadas, tanto que já virou comum – mas não menos revoltante – o entendimento por parte dos cidadãos de que o que é deles por direito vem sendo usado para satisfazer os luxos daqueles que mais têm.
A mais recente e comentada Operação Calvário vem desnudando um verdadeiro e grande esquema de corrupção que tirou dinheiro de dentro de uma das pastas mais importantes, a Saúde. Secretários de governo envolvidos, presos, delações premiadas. No dia a dia os paraibanos podem ver o tamanho do rombo nas contas públicas. Só na Operação Calvário estima-se que os desvios tenham chegado a 1,1 bilhão.
Todos os dias, também é comum sabermos através de notícias que o Estado do Rio de Janeiro também vem passando por poucas e boas nas mãos dos corruptos. As prisões de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, na Operação Secretum Domus, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, aumentaram para quatro o número de ex-governadores do Rio que estiveram atrás das grades — juntando-se a Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral, este último condenado a 233 anos.
Não dá para se ter uma noção fidedigna de qual estado roubou mais, muito porque na Paraíba ainda se mantém a lei do silêncio, já que muitos dos que fazem parte desse grande esquema de corrupção ainda estão no domínio, por trás de grandes cargos. Mas, de uma coisa todos sabem, seja na Paraíba ou no Rio, o cidadão, os moradores, a população que necessita de políticas públicas, esses sim sentem na pele, de forma igual, o quanto essa corrupção tira do povo.
Redação Bastidores da Política PB