Pressione ESC para fechar

- PUBLICIDADE -


OPINIÃO: Procurador Gilberto Carneiro esquece a má conduta

- PUBLICIDADE -

O procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, se manifestou sobre a gravação vazada na última sexta-feira na qual ele e o secretário Waldson Sousa aparecem supostamente negociando uma licitação na área de saúde com um empresário. A principal linha de defesa é a de que não teria havido ilicitude simplesmente porque a licitação não chegou a se concretizar.

Alega ainda que o áudio da gravação teria sido editado e publicado de forma seletiva e parcial. Fragilíssima essa linha de defesa escolhida pelo procurador Gilberto Carneiro. Começa que os poucos portais que publicaram a gravação, postada inicialmente no Paraíbaradioblog, divulgaram o áudio na íntegra. Conversas diversas dentro de um gabinete do Estado.

Apenas a TV Cabo Branco fez edição, já que não teria como divulgar o inteiro teor dos diálogos. Mas nada compromete o conteúdo dos fatos registrados na gravação. Assim, a alegação da edição não se sustenta nem serve de defesa. A nota de Gilberto Carneiro, ao contrário, o compromete cada vez mais. Primeiro, porque confirma que a gravação é verdadeira. Diz ele lá em suas redes sociais que a gravação foi produzida em meados de 2012. Então, houve a conversa. Ponto. Depois, o procurador geral do Estado apela para a inexistência de um resultado final, a licitação, para caracterização do crime.

Esquece, porém, de outras nuances reveladas na gravação. Os diálogos registram uma trama para fraudar uma licitação, o planejamento de uma ação criminosa. E ele estava no meio da cena como um dos atores principais. Pode até ser que a licitação planejada não tem dado certo. Mas quantas fraudes outras foram planejadas e deram certo? Observem que a conversa gravada é de meados de 2012 e já estamos em 2019. O que fica claro na gravação é que dois dos mais importantes secretários do governo Ricardo Coutinho já manifestavam intenção de agir de forma ilegal e planejar fraudes contra no Estado em 2012.

A atitude é antiética. A conduta é criminosa, já que visava causar um prejuízo aos cofres públicos.
No caso, o procurador esquece que ali, naquela cena registrada na gravação, no mínimo, ele e Waldson praticaram má conduta, comportamento não aceito pelo conjunto da legislação que protege o serviço público brasileiro.

 

Redação
Bastidores da Política PB

- PUBLICIDADE -

- PUBLICIDADE -