Os últimos episódios da semana me fizeram crer que não tão diferente do cenário nacional, a Paraíba viverá uma polarização também em seus solos. A últimas movimentações, principalmente vindo de Campina Grande, me fez acreditar que teremos apenas duas chapas na disputa ao Palácio da Redenção, a governista, rumo a reeleição do governador João Azevêdo e a do clã oposicionista, se sábios forem.
Em minha concepção, as chapas se dividirão da seguinte forma:
Na base governista, o governador João Azevêdo (PSB), Lucas Ribeiro (Progressistas) como vice e o foguete de Efraim Filho (União) retornando para buscar mais combustível, já que o ICMS baixou.
Neste caso, os Republicanos ficariam satisfeitos com o seu Senador na chapa do governador, tornando-se a ‘chapa dos sonhos’ deles e ainda podem (e devem) indicar um suplente.
Já a oposição, conforme temos acompanhado, irá esfacelar a pré-candidatura de Pedro, que já admitiu essa semana em entrevista que não tem obsessão pelo poder e pode desistir para apoiar um nome em prol do coletivo. Que coletivo seria esse? Eu só vejo um, do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSC). Esse é o nome que irá ressurgir das cinzas e fazer a opiniosa e orgulhosa oposição finalmente se unir.
Como bem sabemos, Romero tem uma ligação muito forte com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e na hora do ‘pega pra capar’ será ele que o presidente deverá dar o aval para seus apoiadores e correligionários redirecionarem seus votos.
E assim ficará a chapa da oposição:
Romero Rodrigues (PSC) será o cabeça da chapa, movido pelo sentimento da injustiça. O comunicador Nilvan Ferreira (PL) será o vice, com Bruno Roberto (PL) para Senador.
Essa será a chapa que irá polarizar com João Azevêdo e que realmente ao meu ver, torna-se extremamente competitiva.
Quanto a Veneziano e o PT, não acredito que a candidatura se mantenha, pois a Federação do PT com o PV e o PCdoB já dá sinais que seguirão com João. E convenhamos, os nomes apresentados pelo PT para vice de Veneziano não convence. O PT já tem os apoiadores a João em seus diretórios, então isso não será questão. E Ricardo para onde vai? Acredito que Ricardo não vai.
E Veneziano voltará para os braços do governador? Isso já não sei, soube que há algumas mágoas, mas também acho que não seja questão, na política o rancor não é alimentado, ele não se cria, principalmente na Paraíba.
Com tudo isso, perde o povo e ganha a polarização mais uma vez, que de nacionalizada, também terá sua face em solo paraibano. Se estou certo? Não sei, mas até o dia 05 de agosto, quem viver, verá!
GD Mendonça – Analista Político – Bastidores da Política PB