Depois de ter sido revelado que a parlamentar acumulava a atribuição de vereadora, de presidente da Câmara Municipal de Campina Grande e de servidora da Prefeitura de Campina Grande, embolsando quase R$ 30 mil reais mensais, o conceito da vereadora Ivonete Ludgério entrou em franca derrocada junto a alguns colegas, que recebem apenas R$ 12 mil/mês, que é o salário de vereador na cidade.
Vale lembrar que o esposo da parlamentar é o deputado licenciado Manoel Ludgério, atual secretário da gestão Romero, e que também embolsa uma quantia considerável mensalmente pela função. Além disso, recente levantamento no Sagres do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) revelou que a irmã de Manoel, a senhora Maria Elizabeth Alves Ludgério ganha do Fundo Municipal de Saúde (FMS), cargo sem concurso indicado na gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) a quantia de R$ 7.948,00.
Recentemente, o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab) e ex-vereador de Campina Grande, Napoleão Maracajá, já avisou que vai pedir que a bancada de oposição da Câmara entre com pedido de afastamento e de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a presidente do Poder Legislativo municipal, Ivonete Ludgério, diante das denúncias de que acumulou a quantia, que chega a ser mais que o subsídio pago ao prefeito Romero Rodrigues (PSDB). “Ela disse que trabalha na secretaria à tarde, mas o expediente na prefeitura de Campina é encerrado às 13h, mesmo horário que ela está na Câmara”.
Maracajá solicitou ainda investigação do caso pelo Ministério Público da Paraíba.
Servidora efetiva desde 1987 da Secretaria de Agricultura, a vereadora Ivonete Ludgério, vê motivação política na atitude de Napoleão Maracajá. De acordo com ela, a legislação vigente permite o acúmulo de funções, desde que exista a compatibilidade de horários. Contudo, Maracajá afirma que isso seria impossível, uma vez que o expediente da pasta se encerra às 13h.
Fonte: PB Agora