“Em minha trajetória, sempre me coloquei no campo do enfrentamento a todas as formas de violência, porque este não é o mundo que a gente quer”. Esta é a fala da vereadora Sandra Marrocos (PSB) após prestar boletim de ocorrência, nesta quarta-feira (11), contra o apresentador Sikêra Júnior, que após polêmicas envolvendo comentários preconceituosos e misóginos ao vivo em programa de TV, disse estar sofrendo ameaças por parte de grupos feministas e citou o nome da vereadora.
Em vídeo publicado no seu perfil do Instagram, Sandra mostra o boletim de ocorrência, fala de sua luta contra a violência, principalmente relacionada às mulheres e chama a acusação de Sikêra de “forma inverídica de querer aparecer”. A socialista também informa que irá tomar todas as atitudes jurídicas necessárias contra o apresentador. “A luta das mulheres é minha luta primordial, e afirmo que nunca irei me esquivar deste debate”, disse.
Sandra ainda termina o vídeo pedindo que Sikêra respeite as mulheres da Paraíba.
Confira a postagem com o vídeo:
https://www.instagram.com/p/BlGYetyAip3/?utm_source=ig_share_sheet&igshid=e6dda0odvsdc&r=wa1
Entenda o caso:
No mês de junho, durante apresentação do programa Cidade em Ação, o apresentador Sikêra Jr, ao comentar a matéria de uma jovem negra que havia sido presa, fez um comentário falando que mulheres que não pintavam as unhas eram nojentas. O fato não passou desapercebido e o comentário misógino ganhou repercussão nas redes sociais, principalmente após o apresentador reagir a críticas da jornalista e cantora Kalyne Lima, ressaltando ainda mais o seu lado preconceituoso.
Dias depois, o apresentador pediu desculpas e explicou que tudo não passava de uma “piada” contada por sua mãe. A TV Arapuan também publicou uma nota falando que os comentários de Sikêra divergem da opinião da empresa.
Após o pedido de desculpa, o apresentador conta que seguiu sendo atacado nas redes sociais por feministas, e que elas inclusive chegaram a ameaçar sua família, por isso resolveu prestar queixa. Sikêra informou que avisou à Polícia quais são as pessoas que podem ser responsabilizadas caso venha a lhe ocorrer algum mal.
O caso também foi levado pela jornalista Kalyne Lima para o Ministério Público da Paraíba. Ela foi acompanhada na demanda por representantes dos movimentos sociais feministas e da Comissão de Combate à Violência e Impunidade contra a Mulher da OAB/PB; Cunhã – Coletivo Feminista e Articulação de Mulheres Brasileiras e do Movimento Mulheres ELO em Rede da Paraíba.
Redação Bastidores da Política
Maryjane Costa