Após ministros do STF aprovarem uma proposta de aumento de 16,38% nos próprios salários ao mesmo tempo em que o governo discutia a possibilidade de cortar bolsas de estudo por falta de recursos, os olhos do Brasil inteiro se voltaram aos gastos públicos exacerbantes vindos dos poderes e a falta de prioridade para as classes menos abastecidas. Na Paraíba, as coisas não são diferentes. Desde 2013 o Governo do Estado vem sendo alvo de críticas por seus gastos na Granja Santana e até o momento nada mudou.
A Granja Santana é a residencia oficial dos governadores na Paraíba. Nos mandatos de Ricardo Coutinho (PSB), os gastos acima do normal chamaram atenção não só dos oposicionistas, mas de toda a população paraibana. Em 2013, as lagostas foram pauta de diversos jornais a nível estadual e nacional. Nas eleições de 2014, os gastos chegaram a ser alvo do guia eleitoral de Cássio Cunha Lima, na coligação ‘A Vontade do povo’. Na época, o tucano era candidato ao governo e prometia em seu guia que, caso eleito, fecharia o lugar, o que não aconteceu.
Em 2018, não está sendo diferente. No mês de junho deste ano um levantamento realizado pelo jornal “Correio da Paraíba” trouxe de volta o assunto que aparecia esquecido. Desta vez, a notícia de que apenas com alimentos e material de limpeza o Governo do Estado gastou um total de R$ 1,3 milhão – no período de 13 meses – estampava a capa. Não demorou para o assunto cair na boca dos políticos. Acabar com a “farra” na residencia do governador virou meta dos pré-candidatos. Em resposta, Ricardo minimizou o problema e falou que se a redução dos gastos na Granja resolvesse alguma coisa, já teria tomando uma providência desde quando assumiu o governo, em 2011.
O pré-candidato ao governo, Lucélio Cartaxo (PV), vem batendo na tecla de acabar com os gastos da residencia desde então, mas, diferente de Cássio, em 2014, Lucélio quer fazer diferente. Uma das principais propostas de seu plano de governo é transformar a Granja Santana em um Parque Jardim e no Museu da Inovação, ambos abertos à população, para que o espaço se transforme em um lugar para todos e não apenas de privilégios para o governador. Se ele vai obter sucesso na sua tentativa, isso só o tempo e as eleições em outubro poderão dizer.
Redação Bastidores da Política
Maryjane Costa