- O plano brasileiro para as vacinas contra a Covid “desandou”, segundo Fernando Reinach ao Estadão.
“Muito provavelmente a entrega do IFA correspondente aos primeiros 200 milhões de doses só chegará no segundo semestre. É isso que explica nossa vacinação a conta gotas. Além disso, as fábricas para produção nacional estão atrasadas: a Fiocruz promete agora que a sua estará em operação em setembro, mas sequer conseguiu fechar o contrato de transferência de tecnologia. O Butantan já anunciou que a sua só ficará pronta no início de 2022.
Para piorar a situação, as duas vacinas em que o Brasil apostou são provavelmente as de menor eficácia. Hoje os cientistas acreditam que as melhores vacinas são as baseadas em mRNA – Pfizer e Moderna (…).
Mas uma coisa é certa, chegaremos no fim do ano com mais de 600 mil mortos ao evitarmos o distanciamento social rigoroso. Quantas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se a estratégia de vacinação tivesse rejeitado o nacionalismo exacerbado é difícil de saber, mas serão centenas de milhares.”
O Antagonista