A procuradoria do Ministério Público Federal (MPF) enviou petição à Justiça Federal no Distrito Federal para pressionar o órgão a tomar uma decisão sobre o afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que responde a uma ação de improbidade administrativa impetrada pelo próprio órgão. Ele é acusado de “desestruturação dolosa” das políticas ambientais.
O pedido foi anexado nos autos da ação civil apresentada em julho que pede a saída do ministro do governo, segundo informa o jornalista Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.
Segundo a procuradora Marcia Brandão Zollinger, o perigo da demora em julgar o pedido de afastamento é fundamentado no fato de que a permanência do ministro ‘tem trazido, a cada dia, consequências trágicas à proteção ambiental, especialmente pelo alarmante aumento do desmatamento, sobretudo na Floresta Amazônica’.
“Caso não haja o cautelar afastamento do requerido do cargo de Ministro do Meio Ambiente, o aumento exponencial e alarmante do desmatamento da Amazônia, consequência direta do desmonte deliberado de políticas públicas voltadas à proteção do meio ambiente, pode levar a Floresta Amazônica a um ‘ponto de não retorno’, situação na qual a floresta não consegue mais se regenerar”, apontou a procuradora.
O MPF apresentou dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que apontam a derrubada de 1.658 km² de Floresta Amazônica em julho de 2020. No mês passado, foram 1.359 km².
Brasil 247