Na Câmara Municipal de João Pessoa a representação feminina é mínima, como acontece na maior parte do nosso país, mas bastante importante no que diz respeito às conquistas das mulheres. Dos 27 parlamentares ocupando uma cadeira na casa legislativa, apenas três são mulheres.
Com partidos e lutas diferentes, essas três vereadoras, Helena Holanda (PP), Sandra Marrocos (PSB) e Raíssa Lacerda (PSD), se unem quando o objetivo é criar leis em defesa das mulheres na sociedade pessoense. Para as três vereadoras, as mulheres estão bem representadas na câmara, pois têm três mulheres fortes e empenhadas e que jamais deixarão a luta feminina de lado.
Helena Holanda
Segundo a vereadora do Partido Progressista, é importante essa união das mulheres dentro da casa. Segundo a mesma, os parlamentares homens acabam se preocupando com coisas mais técnicas, já as vereadoras procuram sempre dar qualidade de vida, valorizar e ampliar o leque de alternativas para que as mulheres possam alcançar seus direitos e, principalmente, garantirem o respeito perante a sociedade.
“Eu gosto dessa união. Mesmo minha luta sendo mais em favor dos idosos e deficientes, eu sempre estou disposta a união com as outras vereadoras quando o assunto é direito das mulheres. Recentemente eu lutei para que as mulheres deficientes e principalmente as que não têm marido e cuidam dos filhos sozinhas tivessem direito as habitações da prefeitura. Então, sempre tento ser coerente para não ter impacto entre as bandeiras, mas jamais deixarei as bandeiras de lado”, disse.
Sandra Marrocos
A feminista, mãe, mulher e negra, Sandra Marrocos tem seu fazer politico totalmente voltado para o fortalecimento da cidadania feminina. A vereadora critica a baixa representação na casa e diz que vai se reunir com as colegas para discutirem formas de diminuir essa sub-representação.
Entre os seus principais projetos voltados a causa, Sandra tem a Lei 13.466, aprovada recentemente, que obriga o ensino da lei Maria da Penha em todas as escolas públicas e privadas de João Pessoa e também a Lei Municipal 13.448 que prevê um plano de parto. “As mulheres são acompanhadas desde o pré-natal e na hora de parir o parto deve ser feito do jeito que estiver escrito. Ou seja, a mulher é protagonista da sua história. Nós queremos com isso fortalecer a questão do parto natural e as dolas, que são as acompanhantes”, explicou.
Para tentar diminuir a desigualdade dentro da CMJP, a vereadora também vai propor uma cota mínima de mulheres nas cadeiras do parlamento. “Eu pretendo apresentar na Câmara que a gente possa ter cotas diretamente no parlamento e isso vai ser pioneiro no país. Eu sei que não é aqui, é na reforma política que temos que discutir isso, mas eu vou botar para provocar o debate, pois é bastante necessária essa discussão”, disse.
Raíssa Lacerda
“Nós precisamos de mais mulheres na política, mas as representantes aqui da Câmara defendem os direitos das mulheres com afinco. Além de outras bandeiras, nós combatemos a violência contra a mulher que tem crescido tanto, e isso é bastante importante. Temos aqui três mulheres de fibra e de coragem para representar as pessoenses, cada uma com seu estilo e seu jeito de trabalhar. Então, acredito que estamos bem representadas”, falou Raissa Lacerda.
A vereadora tem várias leis funcionando para os direitos das mulheres. Entre elas, a da destinação de 30% das casas ofertadas pela prefeitura para mulheres que sofreram algum tipo de violência doméstica ou que têm filhos com deficiência. Também existe a lei que dá 7 meses de licença maternidade para as mães servidoras que os filhos nascem com alguma deficiência e a lei de não discriminação às empregadas domésticas, entre outras.
O Hospital da Mulher também é uma luta da vereadora. Segundo a mesma, o hospital não dsó vai beneficiar as mulheres e sua saúde como também irá desafogar os outros hospitais.
Redação Bastidores da Política
Maryjane Costa