Marco Aurélio Mello foi sorteado para relatar a ação do PDT que pede o afastamento de Paulo Guedes do Ministério da Economia. Parece uma boa notícia para o governo.
Neste ano, o ministro propôs que decisões que afetem outro poder só sejam tomadas pelo plenário do STF. A sugestão foi feita em maio, depois que Alexandre de Moraes suspendeu, por liminar, a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal.
Em julho, a proposta foi rejeitada pelos demais ministros.
Em princípio, a posição de Marco Aurélio, recentíssima, indica que ele não afastaria Paulo Guedes. Mas convém lembrar que, em dezembro de 2016, ele afastou monocraticamente Renan Calheiros da presidência do Senado.
A ação contra Guedes no STF está baseada na investigação que ele responde, na Operação Greenfield, por supostos prejuízos a fundos de pensão que aportaram recursos em um fundo de investimento que ele geria no mercado financeiro antes de entrar no governo.
A defesa do ministro diz que a CVM concluiu que não houve irregularidades, que os fundos foram lucrativos para os fundos de pensão e que não havia motivo para a abertura de inquérito.
O Antagonista