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Marcado por troca de farpas, segundo debate com candidatos a governador tem poucas propostas; confira como foi

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Ontem (08), os paraibanos puderam acompanhar mais um debate com os postulantes ao Palácio da Redenção e mais uma vez presenciaram mais ataques do que propostas. No primeiro bloco após as considerações iniciais dos participantes, conforme ordem definida em sorteio, o debate teve início com o confronto direto, com candidato perguntando a candidato.

Dando seguimento, João questionou Pedro Cunha Lima sobre suas propostas para a segurança hídrica do Estado. “É muito triste perceber que na Paraíba a gente tem a pior realidade do país em termos de segurança hídrica. O atual governador foi secretário de Recursos Hídricos por 8 anos, vai completar 4 anos como governador e não consegue dar ritmo a essas obras que são muito importantes. Vou citar apenas uma delas: a adutora Transparaíba, que ficou paralisada em 2019 por falta de pagamento ao consórcio contratado”, comentou Pedro.

O socialista respondeu ao tucano, destacando que a obra da Transparaíba tenha sido paralisada por falta de pagamento, mas sim pela falência da empresa responsável pela obra à época, e disse que uma nova licitação foi aberta as obras continuam em andamento. Ele ainda destacou os investimentos da ordem de R$ 800 milhões na construção das adutoras do Curimataú, Cariri e Brejo.

O candidato Pedro Cunha disse ainda a empresa responsável pelas obras hídricas desistiu por falta de pagamento. “É preciso dar velocidade. Nossa proposta objetiva é fazer com que o governo tenha senso de prioridade e acompanhe de perto cada obra dessas para que a gente consiga dar velocidade a esse novo sistema, que precisa ser instalado no nosso estado”, frisou.

Num embate entre Pedro e Nilvan, sobre a segurança pública, o tucano questionou as propostas de Nilvan Ferreira para a área. O candidato bolsonarista prometeu políticas públicas para “tirar a segurança do caos” instalado pelo ex-governador Ricardo Coutinho e pelo atual gestor, João Azevêdo. “Nós vamos cuidar do nosso policial”, disse, antes de garantir que vai resolver a questão da paridade dos policiais e anunciou estudos para pagar a bolsa desempenho já em 2023. Em resposta o tucano, disse considerar a segurança como um dos maiores desafios de qualquer governante e lamentou o fato de a Paraíba ter perdido a marca de ser um estado tranquilo. Segundo ele, o efetivo policial vem diminuindo ao longo dos anos.

Noutro bloco, Nilvan Ferreira destacou projetos do Governo Federal na área de tecnologia que serão replicados em toda a Paraíba, e questionou Veneziano Vital do Rêgo sobre projetos na área de tecnologia. Em reposta a pergunta, Veneziano disse que fará uma “grande ouvidoria” em toda a Paraíba para entender a necessidade da população dentro da área tecnológica. Ele citou a “inoperância” do Governo Federal e relembrou que, enquanto foi prefeito de Campina, iniciou um projeto similar e que deve implantá-lo em todo o Estado.

O emedebista perguntou a Major Fábio sobre o tema interiorização das ações de saúde em todo Estado. O candidato do MDB prometeu construir uma rede de maternidades com UTI neonatal e os hospitais regionais de Esperança e Sapé. Já Major Fábio prometeu levar saúde a toda a população da Paraíba. “Vamos garantir que os pacientes do interior do Estado tenham os mesmos direitos dos pacientes de Campina Grande e João Pessoa”, frisou.

Na sequência do debate, o clima entre os postulantes foi esquentando, quando Nilvan Ferreira questionou diretamente o governador João Azevêdo sobre suposto envolvimento com a Operação Calvário. O candidato do PSB disse que não teve o nome citado em gravações, e que não temia investigações e lembrou a participação do opositor em suposta venda de produtos falsificados, investigados pela Operação Vitrine.

O tema cultura foi abordado em pergunta de João Azevêdo a Antônio Nascimento. O candidato do PSTU acusou o atual governador de “sucatear” o setor, principalmente durante a pandemia. Na réplica, Azevêdo destacou vários investimentos realizados em favor da área durante os três primeiros anos do seu governo.

Confira as considerações finais dos postulantes, por ordem de sorteio:

Veneziano Vital do Rêgo (MDB)
“Eu creio, sou movido por grandes desafios, a minha vida pública enquanto vereador, prefeito de Campina Grande, deputado federal e senador, foi sempre desta forma, ao lado do povo, e creio em um projeto transformador. Haveremos de ter um Estado mais dinâmico, mais ágil, com uma nova ambiência de negócios, parcerias público-privadas, agência empreender focando nas pessoas mais humildes, combate à fome, trazer a empregabilidade ao nosso Estado, através do cooperativismo, investir no agro, na agricultura familiar, na indústria turística, afinal de contas é possível fazer”.

Pedro Cunha Lima (PSDB)
“É fundamental a participação de cada um nesse processo democrático para que a gente possa oferecer as mudanças necessárias para e este Estado, a gente passa por um momento muito difícil, é muita gente precisando de um emprego, é uma educação que não funciona, saúde que deixa a desejar, segurança pública que não acontece, eu sei que, se eleito governador, se Deus permitir e o povo paraibano quiser, sei que não conseguirei resolver tudo do dia para noite, são muitos desafios, mas estou muito com muita disposição de colocar minha melhor energia, toda a minha vontade de fazer diferente, toda a minha capacidade de reagir contra o que tá fora de lugar, toda o censo de prioridade numa educação que aconteça de fato, para combater as desigualdades”.

Antonio Nascimento (PSTU)
“Dizer que os candidatos que estão aqui, ficou comprovado, que representam os banqueiros e as grandes empresas, até porque vocês, pai e mãe de família, sabem quanto um governador ganha? Sabe quanto um senador ganha? Sabe quanto um deputado federal ganha? Vocês acham que eles vão resolver o seu problema, o meu problema e o problema do povo da Paraíba? Claro que não! Convido a você para fazer parte de um programa que vai erradicar a fome e diminuir o desemprego na Paraíba”.

Major Fábio (PRTB)
“Preparem-se jovens, nós vamos investir em capacitação profissional, nós vamos tirar você da calçada e vamos te levar para fazer um curso profissionalizante, porque esse Estado vai se transformar na maior fronteira desse país. Nós vamos buscar crédito, vamos fazer parcerias público-privadas, vamos levar você a abrir o seu primeiro negócio, talvez o que estejam aqui já tenham chegado ao primeiro milhão, mas, você quer seu primeiro emprego, confia na gente”.

Adjany Simplício (Psol)
“A vida política tem a ver conosco, tem a ver com nosso cotidiano, é importante reconhecer as permanências das desvantagens que sempre ocorreram, das vantagens políticas em favor das famílias que sempre operaram no poder, e discursos que sempre permanecem garantindo a diferença e deixando a classe trabalhadora à parte do processo eleitoral. Nesse momento, nós do Psol queremos convocar a todos e todas a estar diretamente envolvidos e observando com muita que a gente precisa eleger Lula no primeiro turno para superar a fome, a violência, o desemprego, a caristia e toda a forma como a classe trabalhadora tem sido atingido por esse desgoverno. Isso precisa ser superado de imediato, e temos que ter políticas de Estado que dialoguem com um novo projeto”.

João Azevêdo (PSB)
“Este espaço aqui foi muito importante para se fazer distinção entre o que foi bravata e o que é verdade. A verdade é o que se pode caminhar por essa Paraíba encontrando obras em todos os cantos, em todos os municípios onde tem a presença do governo, é para cada cidadão que vai em busca do serviço público e sabe que esse serviço está melhor do que aquele de 2019, e nós sabemos que nem tudo está resolvido. Vamos continuar fazendo pela Paraíba. Por isso estamos aqui, você sabe que pode confiar, você sabe que o melhor estar por vir ainda, porque nós estamos com esse compromisso, e nós sabemos fazer, você conhece por todo esse período que nós já passamos no Governo o que foi possível construir na Paraíba”.

Nilvan Ferreira (PL)
“A palavra que fica, a paraíba nas últimas eleições, isso é cíclico, é natural, é da vida, deu demonstrações irreparáveis do processo político. Os Venezianos já foram reprovados em Campina Grande, o Grupo Cunha Lima, em determinado momento, também foi renegado em um processo eleitoral, e agora, chegou a hora da Paraíba dizer não a candidatura do atual governador, que está lincada a um grupo que promoveu os maiores escândalos de corrupção. eu represento a verdadeira mudança, um processo natural da sociedade por mudança, por transformação, e, por um tempo diferente que nós podemos construir com todos os paraibanos, lado a lado, num processo que vai chegar ao futuro”.

Via PB Agora

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