O deputado federal eleito Julian Lemos, do PSL, é considerado um braço direito do presidenciável Jair Bolsonaro no Nordeste. Ele foi eleito com mais de 71 mil votos. É campinense, mas há 15 anos mora na capital paraibana, João Pessoa. Lá, ele foi o deputado mais bem votado, assim como no Curimataú do Estado, e na Rainha da Borborema, o terceiro com mais votos.
Sem tradição na política, o eleito disse que andou com Jair Bolsonaro por mais de 3 anos em todo o país e convivia com o candidato em Brasília. Julian disse que foi eleito por falar a verdade, não ter compromisso com ninguém e não comprar votos.
– Sou apenas um cara, um paraibano. Não sou perfeito e não tenho essa pretensão, mas tenho coragem e eu vou fazer o que um deputado deve fazer. A Paraíba terá um deputado que não vai se calar diante de ameaças. Minha campanha foi modesta e eu defendo bandeiras que não vejo ninguém falar. Acho que foi exatamente isso que chamou a atenção das pessoas – justificou.
Julian comentou que as bandeiras que vai defender na Câmara dos Deputados estão relacionadas a criação de leis mais duras contra a pedofilia, a perseguição a policiais e a corrupção.
O braço direito de Jair Bolsonaro disse que estaria preparado para assumir a liderança da Câmara ou algum ministério, num eventual governo do líder da extrema direita. Ele disse ainda acreditar que o PSL vai ter a maior bancada.
– É legítimo o PSL pleitear a presidência da Câmara. O partido já tem a maior bancada e já temos mais 9 deputados para ingressar. Acredito que Jair Bolsonaro, como presidente da República, terá a percepção de governar em harmonia com as duas casas, e o partido está preparado sim para pleitear a Câmara e, até eu mesmo estou preparado caso seja solicitado para qualquer posição. Onde Jair me colocar, eu vou sorrindo – ressaltou.
Durante a entrevista, o deputado eleito ainda atacou o principal rival de Bolsonaro nesta eleição. Para ele, o também candidato Fernando Haddad (PT) não representa liderança e que estaria sendo fantoche do ex-presidente Lula.
Lemos justificou a motivação pela qual Bolsonaro não participou de debates com o candidato do PT.
– Haddad é um desmoralizado, ele responde a lavagem de dinheiro, desvio de verbas, peculato. Que debate seria esse com alguém que defende um criminoso? Haddad não é um líder, ele é um fantoche de um criminoso, prisioneiro da Justiça, Lula. Infelizmente Bolsonaro não vai poder ir, mas seria interessante ver um debate entre eles dois, seria como tirar doce de criança – disse.
Da Redação com Paraíba Online