O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, aproveitou o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha de defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB), na terça-feira (05), para fazer uma confidência ao petista, preso em Curitiba.
Ao final da oitiva de Lula, depois de agradecer e elogiar a “postura” do ex-presidente durante o depoimento, Bretas emendou: “enfim, o senhor é uma figura importante no nosso país, é relevante sua história para todos nós, para mim, inclusive, que aos 18, 17 anos estava aqui no comício na Presidente Vargas com um milhão de pessoas. Vivíamos um momento diferente no país, eu estava lá, usando boné e estava usando uma camiseta com seu nome”.
Diante da revelação das preferências eleitorais do jovem Bretas, Lula não escondeu a satisfação e brincou com o magistrado. “Quando eu fizer um comício, vou chamar o senhor para participar”, convidou o petista, para risos de quem acompanhava o depoimento na sala de audiências no Rio.
Assim como Bretas, a propósito, o juiz federal Sergio Moro, algoz do ex-presidente na Lava Jato paranaense, também votou em Lula na eleição presidencial de 1989. Conforme revelou reportagem de VEJA em abril de 2018, o candidato preferido de Moro não passou do primeiro turno naquele pleito e ele, entre Lula e Fernando Collor, optou pelo primeiro. O magistrado era então um jovem de 17 anos.
Assista ao trecho da fala do Juiz:
Redação com Veja