A capital paraibana, João Pessoa, tem o 43º maior Produto Interno Bruto (PIB) entre todas as cidades do país, segundo o PIB dos Municípios 2017, divulgado nesta sexta-feira (13), pelo IBGE. O valor, de aproximadamente R$ 19,73 bilhões, é o 9º maior do Nordeste, atrás de Salvador e Camaçari, na Bahia; Fortaleza, no Ceará; Recife, em Pernambuco; São Luís, no Maranhão; Natal, no Rio Grande do Norte; e Maceió, em Alagoas.
O PIB da capital, que também é o maior entre os municípios da Paraíba, tem uma participação de 0,3% no nacional e de 31,6% no estadual. Campina Grande, com uma soma de R$ 8,64 bilhões, tem o segundo maior PIB do estado; seguida por Cabedelo, com R$ 2,89 bilhões; Santa Rita, com R$ 2,22 bilhões; e Patos, com 1,71 bilhões. Apesar disso, a Paraíba não tem nenhuma outra cidade (exceto João Pessoa) entre os 100 maiores PIBs do país.
Além disso, os dados indicam que o estado concentra 20 dos 100 menores PIB’s municipais do Brasil. Entre os 10 menores valores do país, o estado tem duas cidades, Parari, com um montante de R$ 18,61 milhões, tem o 9º menor PIB do Brasil, e Areia de Baraúnas, que ocupa a 10ª posição entre os menores e soma R$ 18,67 milhões.
A série histórica aponta que, em dez anos, houve uma discreta queda, de 1%, na participação dos cinco municípios com os maiores PIBs em relação ao total estadual. Em 2008, o percentual era de 57,4%, em 2012 foi registrada a maior alta do período, de 58,8%, e em 2017 a participação foi de 56,4%, menor da série, mas estável em comparação ao ano anterior.
Mais de 90% dos municípios da PB têm a administração pública como atividade com maior participação no PIB
Cerca de 94,2% dos municípios paraibanos têm a administração pública como principal atividade, ou seja, com maior participação no valor adicionado bruto, de acordo com os dados de 2017. Essa categoria inclui atividades de administração, defesa, educação e saúde públicas, assim como seguridade social.
O valor adicionado bruto engloba a quantia que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos durante o processo produtivo e, assim, forma uma contribuição ao PIB. O cálculo considera a diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido.
Dos 223 municípios paraibanos, apenas 13 não têm a administração pública como a atividade com maior participação no valor adicionado bruto, conforme o levantamento do instituto, o que indica uma dependência, no estado, desse setor.
Entretanto, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Conde, Bayeux, Cajazeiras, Guarabira, Patos, Sousa e Monteiro essa posição é ocupada por “demais serviços”. Essa classe inclui atividades como transporte, armazenagem e correio; alojamento e alimentação; educação e saúde privadas; financeiras, de seguro; e artes, cultura, esporte e recreação.
Já em Alhandra e Cabedelo a predominância no PIB é de atividades de comércio (denominada como “comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas”), enquanto que em Serra Grande é o único município paraibano onde predomina a atividade de “produção florestal, pesca e aqüicultura”. Em Mataraca, a atividade com maior valor adicionado bruto é a de “eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”, devido ao parque eólico existente no município.
Município de Alhandra tem o maior PIB per capta da Paraíba
O município de Alhandra, no Litoral Sul da Paraíba, tem o maior PIB per capta do estado, de R$ 56.636,11, como indicam dados sobre o PIB Municipal de 2017 publicados pelo IBGE nesta sexta-feira (17). Ressalta-se que esse valor não equivale à renda per capta dos moradores da cidade, pois é apenas o resultado da divisão do PIB municipal pelo tamanho da população.
Em seguida, estão as cidades de Cabedelo, com um valor de R$ 42.556,16; Conde, R$ 25.678,46; João Pessoa, R$ 24.319,82; e Mataraca, R$ 21.872,58. De acordo com o IBGE, a Paraíba não tem nenhum município entre os 100 maiores PIBs per capta do Brasil.
Os menores PIBs per capta da Paraíba foram constatados nos municípios de São Vicente do Seridó, R$ 6.147,32; Imaculada, R$ 6.382,48; Salgadinho, R$ 6.391,78; Manaíra, R$ 6.512,60; e Cacimbas, R$ 6.587,55.