O deputado estadual Cabo Gilberto (PSL) utilizou-se da sua posição de representante do povo para verificar in loco as denuncias sobre as aeronaves adquiridas recentemente pelo Estado da Paraíba, Acauã 1 e 2, e descobriu que as mesmas estão mesmo inoperantes, sem as peças necessárias para o seu funcionamento.
“Infelizmente na Paraíba, as aeronaves adquiridas pelo Governo do Estado só funcionam em período eleitoral. Pós-eleição, temos que nos contentar com os DRONES!!!”, lamenta o parlamentar e informa que os equipamentos chegaram ao estado sem as devidas revisões e sem equipamentos previstos em contrato.
O deputado ainda segue questionando por qual motivo o Governo da Paraíba não realizou procedimento licitatório eficiente para contratação de todos os serviços necessários para operar as aeronaves, concomitantemente com a compra das mesmas.
“A resposta não é difícil […] As aeronaves começaram a operar cerca de um mês antes das respectivas eleições de 2014 e 2018, o que demonstra de forma peremptória que o Governo do Estado estava mais preocupado em expor as aeronaves no afã de angariar votos”, denuncia Cabo Gilberto.
Confira o texto na íntegra:
Estive no hangar do Grupamento Tático Aéreo (GTA), a fim de verificar in loco várias denúncias de que as aeronaves adquiridas recentemente pelo Governo do Estado da Paraíba, estariam inoperante, em decorrência da falta de manutenção e de peças.
Como representante eleito do povo, tenho como função principal legislar sobre matérias relacionadas ao âmbito do Estado da Paraíba.
No entanto, também possuo no exercício do mandato, livre acesso às repartições públicas, podendo fazer diligências pessoalmente nos órgãos de administração direta ou indireta.
Foi com base nessas prerrogativas, que verifiquei, de fato, que uma das aeronaves está totalmente inoperante, sem as peças necessárias para o seu funcionamento!
Infelizmente na Paraíba, as aeronaves adquiridas pelo Governo do Estado só funcionam em período eleitoral. Pós-eleição, temos que nos contentar com os DRONES!!! É totalmente inexplicável que as aeronaves Acauã 1 e 2, que deveriam ser um importante instrumento no combate da criminalidade, bem como no auxílio aos salvamentos aquático, resgate de vítimas e combate a incêndios, estejam inoperantes. As duas aeronaves custaram milhões ao nosso Estado!
A verdade é que, além dos altos custos para aquisição das aeronaves, os aparelhos chegaram ao Estado sem as devidas revisões e faltando equipamentos previstos em contrato, tanto é que passam mais tempo no conserto do que servindo de auxílio para o combate à criminalidade.
O Acauã 1, por exemplo, está sem voar desde novembro de 2018 por falta de manutenção. O Governo do Estado até abriu um procedimento licitatório para contratar empresa com a finalidade de cuidar dos serviços de manutenção, não tendo ainda o procedimento licitatório chegado ao fim!
Contudo, a pergunta que precisa ser respondida é a seguinte: Por qual motivo o Governo do Estado da Paraíba não realizou procedimento licitatório eficiente para contratação de todos os serviços necessários para operar as aeronaves, concomitantemente com a compra das mesmas?
A resposta não é difícil, pois basta consultar as datas em que ambas as aeronaves entraram em operação.
A Acauã 1, foi colocada em operação em setembro de 2014. Já a Acauã 2, entrou em operação em setembro de 2018.
Desta forma, todos podem verificar que ambas as aeronaves começaram a operar cerca de um mês antes das respectivas eleições de 2014 e 2018, o que demonstra de forma peremptória que o Governo do Estado estava mais preocupado em expor as aeronaves no afã de angariar votos, o que explica de forma incontestável, a falta de organização administrativa em relação aos contratos de manutenção e substituição de peças essenciais para o funcionamento das aeronaves.
Este fato é inaceitável, pois os gestores públicos devem atuar observando sempre os princípios da eficiência e economicidade na administração pública.
Como Deputado Estadual, comprometo-me a estar sempre vigilante a esses fatos, atuando de forma incansável, a fim de evitar prejuízos financeiros ao nosso Estado.
Cabo Gilberto
Da Redação