O jornal O Estado de S.Paulo publica em sua edição desta quarta-feira (17) uma grave denúncia relacionada com as estratégias do governo Bolsonaro para influenciar na elaboração da prova do Enem.
Uma dessas estratégias é a impressão de provas e a análise de pessoas externas ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), para tentar controlar o conteúdo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Servidores que pediram exoneração do órgão falam em pressão para trocar itens. Já houve supressão de questões consideradas “sensíveis” na prova que será aplicada nos dias 21 e 28.
Na segunda-feira, em meio à crise dos 37 pedidos de exoneração de servidores do Inep, que criticaram essa pressão e a “fragilidade técnica” da cúpula da autarquia responsável pelas provas, Jair Bolsonaro afirmou que o Enem começa agora a “ter a cara” do governo.
O Inep passou a imprimir a prova previamente, em um procedimento não adotado em anos anteriores, para permitir que mais pessoas tenham acesso ao exame antes da aplicação. Quem examinou uma primeira versão foi o diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, Anderson Oliveira – que está no cargo desde maio. Segundo relatos ao jornal O Estado de S.Paulo, 24 questões foram retiradas após uma “leitura crítica”. Algumas foram consideradas “sensíveis”.
Brasil 247