A ida do deputado Jair Bolsonaro (RJ) para o PSL com o objetivo de ser candidato à Presidência da República pelo partido fez um grupo de pelo menos outros 12 deputados federais desistirem de se filiar à legenda. O grupo era formado principalmente por parlamentares jovens dissidentes do PSDB e PSB, incluindo, segundo reportagem do Estadão, o paraibano Pedro Cunha Lima.
Capitaneados pelo deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), esses parlamentares negociavam a filiação com a ala do PSL intitulada de “Livres”, tendência libertária que comandava 12 diretórios estaduais e que era liderada por Sérgio Bivar, filho do deputado federal e ex-presidente da legenda Luciano Bivar (PE). Na Paraíba, o partido era presidido pelo vereador Lucas de Brito, que perdeu a liderança da legenda para Julian Lemos, indicado pelo deputado Jair Bolsonaro. Lucas já anunciou que deixará a legenda.
Os tucanos que chegaram a conversar com o PSL fazem parte da ala conhecida como “cabeças-pretas” – políticos mais jovens que demonstram descontentamento com o governo Michel Temer e que procuram um partido com viés liberal tanto na economia quanto na política. Além de Pedro e Daniel Coelho, também integravam o grupo Mariana Carvalho (RO) e Pedro Vilela (AL).
De acordo com a reportagem do Estadão, os tucanos também decidiram, por ora, permanecer no PSDB. A deputada, que foi vice-presidente nacional do PSDB até o ano passado, assumiu a presidência do partido em Rondônia e analisa possível candidatura ao governo do Estado.
Bolsonaro acertou a ida para o PSL no início de janeiro. Como é deputado federal, ele e os integrantes de seu grupo que são parlamentares só vão se filiar oficialmente em março, durante a janela para livre troca de partidos, sem rico de perda de mandato. Na negociação, ele exigiu ter o comando da sigla, o que já foi efetivado.
Da redação com Estadão