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Governo da PB assume gestão direta do Hospital de Trauma de João Pessoa e garante atendimento à população paraibana

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O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena está sob a gestão direta da Secretaria Estadual da Saúde, a partir deste sábado (28), após o fim do contrato com a organização social que administrava a unidade e mantém os atendimentos normalmente à população paraibana. A unidade de saúde volta a ser administrada pelo Governo do Estado até que seja aprovada a criação da Fundação PB Saúde, projeto que passará pela apreciação da Assembleia Legislativa no início do próximo semestre.

Na noite dessa sexta-feira (27), os médicos que fazem parte da Cooperativa dos Neurocirurgiões, Neurologistas e Cirurgiões Vasculares do Estado da Paraíba (Neurovasc) anunciaram que não iriam cumprir o plantão a partir deste sábado (28). Contudo, os 550 médicos concursados e os que trabalham no regime CLT, continuam dando plantão normalmente na unidade de saúde e apenas 50 médicos que fazem parte da Neurovasc não compareceram ao plantão, e serão substituídos progressivamente. Com isso, o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, está realizando pessoalmente os atendimentos para garantir que a população da grande João Pessoa não seja prejudicada.

De acordo com o secretário, essa decisão dos médicos foi precipitada, já que nessa sexta-feira (27), durante uma reunião com a cooperativa, havia sido acordado o valor do plantão de 12h para os neurocirurgiões no valor de R$ 2.400 e para os torácicos de R$ 2.800. “É importante ressaltar que este valor está acima da média nacional. Com este salário eles estarão recebendo o maior salário do país. Mas, mesmo com a saída dos médicos cooperados, a população pode ficar tranquila e curtir o feriado de final de ano. Os atendimentos estão normais no Hospital de Trauma. Eu estou aqui na porta do hospital à disposição para o que precisar e já estamos substituindo progressivamente os médicos que abandonaram o serviço”, salientou.

Os neurocirurgiões, cirurgiões torácicos e vasculares do complexo hospitalar reclamam da ausência de pagamento dos salários de novembro e dezembro por parte do Instituto Acqua, responsável pela gestão pactuada da unidade até o dia 27 de dezembro, quando se encerrou o contrato com a organização social, contudo, o Governo da Paraíba repassou ao Acqua, na quinta-feira (26), R$ 10,2 milhões para encerrar as atividades da Organização Social no Trauma. “O Estado da Paraíba não deve nada ao Acqua. Se os médicos não receberam, eles têm que acionar a OS e não o Estado. Além disto, tivemos ao longo dos últimos seis meses 15 notificações por descumprimentos de termos do contrato”, ponderou Geraldo.

HTOP – A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba esclarece também que o Hospital de Traumatologia e Ortopedia da Paraíba (HTop) atendeu quase 20 mil retornos e 2021 internações no ano de 2019, mas vai precisar encerrar as atividades no hospital, tendo em vista que o prédio onde funcionava a instituição está sem condições para realização de atendimentos médicos, fazendo com que o contrato de aluguel não seja renovado. Contudo, uma nova área já está sendo pensada para ampliação do complexo hospitalar.

 

Os pacientes do HTop foram transferidos para os hospitais da rede estadual (Clementino Fraga, Edson Ramalho, Hospital Metropolitano, Padre Zé e o próprio Hospital de Trauma) não acarretando perda no tratamento. Os seis internos que ainda estão na unidade de saúde vão passar por cirurgias de baixa complexidade e receberão alta nos próximos dias. Já os funcionários serão absorvidos pela Rede Estadual de Saúde.

 

Macas – O secretário de saúde ressaltou que, devido ao alto número de acidentes de trânsito, em alguns momentos as macas podem ficar por mais tempo no hospital, tendo em vista que a prioridade é salvar vidas, mas a Secretaria já disponibilizou macas extras, bem como transferências de pacientes para o Hospital Metropolitano.

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