Aberta oficialmente na noite desta sexta-feira (9), no adro da Igreja de São Francisco, Centro Histórico da Capital, a I Mostra de Cinema Walfredo Rodriguez. A iniciativa marca uma nova fase do cinema paraibano – uma das mais produtivas, de acordo com cineastas e atores presentes no evento organizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), em parceria com o Fórum Setorial do Audiovisual Paraibano.
Até o próximo domingo (11), o publico poderá conferir, de forma gratuita, a exibição de curtas e longas-metragens produzidos com recursos do Edital Walfredo Rodriguez, além de workshops, debates e laboratórios, dentro da programação do AnimaCentro.
Presente na noite inaugural, que teve a exibição do curta, “Cura”, de Diego Lima, e o longa, “Rebento”, de André Moraes, o diretor executivo da Funjope, Maurício Burity, anunciou que a PMJP, em parceria com a Ancine, vai investir mais 6 milhões no setor audiovisual, com editais referentes aos anos de 2018 e 2019.
Burity revelou que os novos editais, somados aos mais de oito milhões já investidos nos últimos cinco anos, representam o maior aporte financeiro destinado ao cinema paraibano em toda a história, fazendo de João Pessoa a terceira Capital do País que mais investe em audiovisual.
Com editais do Walfredo Rodriguez e um do Linduarte de Noronha, o cinema paraibano ganhou 38 novas produções – sendo que três são longas-metragens, filmes com mais custo de produção e maior projeção em termos de participação em circuitos de exibição. A expectativa é que mais 13 estão por vir, para ajudar a consolidar uma filmografia em longas- metragens – em toda história a Paraíba só havia produzido quatro longas.
“Esses investimentos geram empregos diretos e indiretos, fomenta um setor muito importante que é o da economia criativa. Além de vender o talento dos nossos artistas para fora, porque parte dos filmes exibidos durante a Mostra já participaram de festivais nacionais e internacionais de cinema. E, claro, uma oportunidade do público e turistas conhecerem o talento dos artistas locais”, disse Maurício Burity.
No caso do longa-metragem “Rebento”, o diretor André Moraes explica é uma produção “essencialmente paraibana”, com mais de 40 profissionais locais envolvidos. As filmagens também foram feitas na Paraíba, outra aposta do diretor que comemora o grande momento cinematográfico paraibano.
“É um momento muito especial. O cinema paraibano consegue alçar vôos mais altos, a partir da união dos artistas e das políticas públicas da Prefeitura, essenciais principalmente para a produção de longas-metragens. Filmes como “Rebento”, O estrangeiro, que rodou por festivais do mundo inteiro, além do Sol Alegria, que estreou em Roterdã, na Holanda. Ou seja, vai se construindo uma nova cara do cinema em longas-metragens”, afirmou.
Representando o Fórum Setorial do Audiovisual Paraibano, o cineasta Rodrigo Quirino falou em tom de celebração, de quem já enfrentou muitas dificuldades para trabalhar dentro do segmento audiovisual. “O Fórum já existe há mais de 10 anos. Recentemente a gente vem ampliando essa caixa de dialogo com a Funjope, que através de editais como o Walfredo Rodriguez, o cinema paraibano vive uma realidade muito boa”, afirmou.
Programação da I Mostra de Cinema Walfredo Rodriguez neste sábado (10):
09h às 12h
Hotel globo
– Mesa: Roteiro Audiovisual
14h às 17h
Hotel Globo
– W.R. LAB de roteiro Audiovisual
14h às 17h
Centro Cultural Casa da Pólvora
– Workshop: Plano de Negócios e Captação de recursos para obra audiovisual
19h às 21h
Usina Energisa (Sala Wladimir Carvalho)
Exibição de filmes – Classificação: 18 anos
– Dnam – Deus não acretida em Máquinas (Ely Marques)
– Coletivo de multidão (Manoel Fernandes)
– Sol Alegria (Tavinho Teixeira)
21h30
– Debate com os diretores
22h30
General Store
– Festa Desmarginal