O deputado federal Frei Anastácio participou de debate sobre reforma da Previdência, na manhã desta quinta-feira (28), na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag), em João Pessoa. “Parabenizo a Fetag pela iniciativa de realizar esse encontro com mais de 200 sindicatos filiados, com presença de representantes do governo do estado, deputados estaduais e federais”, destacou o deputado.
Ele disse que a Fetag deu grande contribuição nas mobilizações contra o impeachment de Dilma e nas eleições de 2018 e, agora, sai na frente mais uma vez mobilizando trabalhadores e lideranças de todo o estado, para mostrar os malefícios dessa proposta de reforma da Previdência que tramita na Câmara Federal. “A Fetag já tem, inclusive um calendário de mobilização. Os trabalhadores urbanos deveriam seguir esse mesmo exemplo. Se o povo não protestar será o mais prejudicado”, afirmou.
“Se essa reforma for aprovada, o trabalhador rural dificilmente conseguirá se aposentar. A grande maioria morrerá e não alcançará o benefício. A mesma coisa acontecerá com os trabalhadores urbanos”, disse Frei Anastácio.
O deputado disse ainda que o povo precisa se informar lendo o projeto de reforma, e não acreditar na propaganda que o governo está fazendo sobre uma nova previdência. “O governo anuncia que a reforma será igual para todos. Como é igual se penaliza os mais pobres concedendo esmola de R$400 reais para quem não tem condições de contribuir com a previdência, até os 70 anos? Como é igual se entre um casal de idosos miseráveis só um deles terá direito a essa esmola? Como é igual se penaliza as mulheres com aumento de sete anos na idade?Como é igual se não atinge a magistratura que ganha rios de dinheiro?”, indagou o deputado.
Frei Anastácio disse que defende uma reforma da Previdência na qual o governo divida o sacrifício. “Tem que haver contribuição do próprio governo, do trabalhador e dos ricos, além de instituir uma cobrança dos devedores da previdência. Eles devem mais de R$ 400 bilhões e não estão sendo cobrados. A carga toda está sobre as costas dos pobres. E quem sofrerá mais será a maioria dos segurados da previdência que recebem apenas um salário mínimo”, disse.