O deputado federal Frei Anastácio (PT/PB) disse, ontem (4), durante reunião da Comissão Geral da Câmara, para debater a Preservação e Proteção da Amazônia, que o mundo inteiro está preocupado com o número de queimadas na floresta que triplicou no mês de agosto, em relação ao ano passado. “São as maiores queimadas dos últimos nove anos. O mais grave é que o fogo é criminoso”, disse o deputado.
A Comissão Geral da Câmara só se reúne quando é convocada pelo presidente da Casa, para discutir temas relevantes que chamam a atenção do Brasil pela gravidade dos problemas em curso. Além dos deputados, podem participar das discussões, autoridades, ministros e representantes da sociedade civil organizada.
Frei Anastácio destacou que as queimadas, na Amazônia, que começaram em agosto, foram provocadas por grupos que combinaram, através das redes sociais, espalhar gasolina para queimar a mata com objetivo de conseguirem pastos para os rebanhos. “Isso já está sendo investigado pela Polícia. Não há dúvidas”, afirmou.
O deputado lamenta que a tendência dessa situação é aumentar, uma vez que não se viu nenhuma posição enérgica do Governo Federal para por um fim no problema. “Ele começou tentando colocar a culpa nas ONGs. Mas, se calou. Enquanto isso, indígenas, comunidades ribeirinhas, a flora e a fauna sofrem com a devastação”, lamentou.
O petista disse ainda que o Brasil vive o seu pior momento da história, em relação a todos os aspectos, incluindo o Meio Ambiente. “Temos na Presidência da República e no Ministério do Meio Ambiente, pessoas que são inimigas declaradas da preservação ambiental e dos direitos indígenas”, afirmou.
De acordo com o deputado, “o Palácio do Planalto dá sinais de que apoia esses crimes ambientais, então muitas quadrilhas sentem-se à vontade para queimar nosso patrimônio natural. Bolsonaro e seu Ministro do Meio Ambiente vivem em um mundo de faz de conta, onde o que vale é a narrativa, e não os fatos”, concluiu.