O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou há pouco a indicação de dois novos diretores para o Banco Central (BC). Os nomes serão encaminhados ao Senado Federal somente em janeiro, após o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tomar posse.
O economista Bruno Serra Fernandes ocupará a Diretoria de Política Monetária, a mais importante do BC, responsável por acompanhar o Sistema de Pagamentos Brasileiro e administrar as reservas internacionais. Responsável pela mesa de renda fixa do Banco Itaú Unibanco, Fernandes é mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e tem passagem pelo BankBoston. Ele substituirá Reinaldo Le Grazie, que pediu exoneração por motivos pessoais e sairá nos próximos dias, assim que o decreto for publicado.
O atual secretário de Promoção da Produtividade, Advocacia da Concorrência e de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Manoel Pinho de Mello, será o novo diretor de Organização do Sistema Financeiro. Essa diretoria conduz os processos administrativos instaurados pelo BC e acompanha a intervenção e liquidação de bancos. Ele entrará no lugar de Sidnei Corrêa Marques, que ficará no cargo até o futuro diretor tomar posse.
Os dois novos diretores precisarão ter o nome confirmado pelo Senado, assim como o futuro presidente do BC, Roberto Campos Neto. As sabatinas e as votações pelo plenário da Casa só ocorrerão no início do próximo ano.
Em nota, o BC informou que, temporariamente, a Diretoria de Política Monetária será ocupada por Carlos Viana de Carvalho, atual titular da Diretoria de Política Econômica. O diretor Tiago Couto Berriel acumulará, também em caráter temporário, as diretorias de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos e de Política Econômica. Os dois diretores interinos retornarão às funções originais após o Senado Federal apreciar o nome de Bruno Serra Fernandes.
Agência Brasil