Desafeto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Macron se encontra com Lula em um momento em que a relação entre Brasil e França está abalada. O presidente francês é crítico ferrenho da política ambiental do atual governo brasileiro. Ele chegou a vetar qualquer acordo comercial com o Mercosul, falando no crime de ecocídio por parte do Brasil.
Apesar de ter antecipado o encontro que teria com Macron, Lula não deu detalhes da agenda com o francês. O ex-presidente brasileiro cumpre uma série de compromissos na Europa desde a última quinta-feira (11).
Lula iniciou sua passagem pelo velho continente por Berlim, na Alemanha. No sábado (13), conforme o colunista Jamil Chade noticiou, o petista se reuniu por mais de uma hora com Olaf Scholz, o futuro chanceler alemão, vencedor das eleições no país europeu.
Da Alemanha, Lula foi para Bruxelas, na Bélgica, onde discursou no Parlamento Europeu, nesta segunda-feira (15). Ao discursar na Conferência de Alto Nível da América Latina, o ex-presidente foi aplaudido de pé ao dizer que o Brasil vive uma “tragédia sem precedentes” desde que Bolsonaro chegou ao poder e listou uma série de condutas do que chamou de “atitude criminosa” do governo durante a pandemia do novo coronavírus.
No primeiro dia na França, ontem, Lula almoçou com a prefeita parisiense, Anne Hidalgo. À noite, ele discursou no renomado Instituto de Estudos Políticos de Paris. Lá, ele falou sobre sua visão sobre o papel do Brasil “no mundo de amanhã”.
O tour do ex-presidente pela Europa prevê ainda uma passagem pela Espanha, onde participará de uma conferência e se reunirá com lideranças políticas.