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Em interrogatório, Lula diz que sua prisão é um “prêmio” para a Lava Jato

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento na tarde da quarta-feira (14), na sede da Justiça Federal, em Curitiba. O interrogatório ocorreu no âmbito da Operação Lava Jato que investiga as reformas no sítio de Atibaia. As oitivas foram comandadas pela juíza substituta Gabriela Hardt. Lula começou a depor por volta das 15h e só terminou às 17h50. O ex-presidente deixou o local quase 10 minutos após o fim da audiência e foi levado de volta para a Superintendência da Polícia Federal (PF), onde está preso desde abril.

No depoimento, Lula diz que pensou em comprar o sítio, mas o dono não quis vender o local. O ex-presidente negou qualquer relação com a reforma da propriedade e afirmou que sua prisão seria um “prêmio” da Operação Lava Jato.

No início da audiência, a juíza Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro nas ações penais da Operação Lava Jato em Curitiba, advertiu duramente o ex-presidente Lula. Interrompida pelo ex-presidente, a magistrada não hesitou. “Sr ex-presidente. Esse é um interrogatório que se o senhor começar nesse tom comigo a gente vai ter problema. Então, vamos começar de novo.”

Neste processo, a força-tarefa do Ministério Público Federal acusa Lula de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter sido contemplado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht e também pelo amigo pecuarista José Carlos Bumlai com um valor total de R$ 1,02 milhão para obras de reforma e melhorias do sítio Santa Bárbara, no município de Atibaia, interior de São Paulo. Lula nega ser o dono do imóvel.

Preso desde 7 de abril, o ex-presidente pela primeira vez deixou a sala especial que ocupa na sede da Polícia Federal para se deslocar, sob forte escolta, até o gabinete de Gabriela Hardt, na Justiça Federal.

Jornal do Brasil

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