Porto Feliz – O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o bilionário Elon Musk de mito da liberdade em um breve discurso que fez ao lado dele durante evento no hotel Fasano Boa Vista, em Porto Feliz (SP).
“A compra do Twitter para nós aqui foi como um sopro de esperança”, afirmou o presidente, emendando que a “liberdade é a semente do futuro”.
Musk anunciou no fim de abril a intenção de comprar a rede social por US$ 44 bilhões (R$ 216,4 bilhões). A negociação animou grupos de extrema-direita, mais penalizados na plataforma por disseminarem conteúdo falso em relação à saúde pública (como em vários episódios da vacina contra a Covid-19) e a processos eleitorais.
Bolsonaro também disse que a intenção de Musk para conectar a Amazônia com internet via satélite pode ajudar a mostrar a “realidade” sobre a região, referindo-se à preservação florestal, criticada durante seu mandato.
Ele citou o evangelho “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Musk e Bolsonaro participaram de evento sobre conectividade na Amazônia, organizado por Fábio Faria, ministro das Comunicações.
O evento é fechado para a imprensa. Bolsonaro chegou às 10h33, desceu do carro e cumprimentou quase todos os policiais presentes que faziam sua segurança no local. Ele não falou com jornalistas. Sua fala foi transmitida por um assessor pelas redes sociais.
Além de empresários como Luciano Hang, da Havan, e Flávio Rocha, da Riachuelo, participam de evento, que terá um almoço, os ministros general Heleno, Ciro Nogueira, Carlos França e Paulo Sérgio.
Por volta das 12h, a segurança fez um cercadinho em frente à fazenda Boa Vista. Ele concentra mais ou menos 15 apoiadores de Bolsonaro e um fã de Elon Musk que tem esperança de conseguir uma foto com ele.
Em novembro do ano passado, o Ministério das Comunicações anunciou ter fechado uma parceria com a SpaceX, que vende tecnologia para transportes e comunicações, para conectar áreas remotas do Brasil com satélites de baixa altitude.
A pasta disse que a implementação do programa começaria em 2022. A parceria para satélites de baixa órbita não depende de licitação, e pode ser fechada por meio de um processo administrativo na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A SpaceX já pediu licença para a autarquia. Os valores envolvidos na parceria não foram revelados até agora.
Folha Online