Após a controvérsia gerada pela divulgação de um vídeo deepfake do jornalista William Bonner em suas redes sociais, apresentando-a como “a melhor vereadora para 2024”, a deputada federal e candidata à vereadora em João Pessoa, Eliza Virgínia (PP), se isentou de responsabilidade. Ela afirmou que a postagem foi feita por assessores inexperientes, sem familiaridade com a legislação eleitoral.
“Eu estava em Brasília em uma audiência quando soube do ocorrido. Fiquei surpresa, foi uma brincadeira de eleitores, e não temos controle sobre isso. Acredito que os novatos, na tentativa de interagir, acabaram fazendo uma piada. Retiramos a postagem do ar em menos de uma hora”, explicou.
Eliza também ressaltou que está investigando internamente o que aconteceu e tomando providências em relação à gestão de suas redes sociais. “Eu mesma compartilho muitas coisas, mas não estou sempre no controle. A legislação muda rapidamente, e às vezes, na intenção de ajudar, algumas pessoas acabam complicando”, disse a candidata, reafirmando que sua prioridade é manter a campanha dentro dos limites legais.
A criação e a divulgação de deepfakes são proibidas pela legislação eleitoral, que impõe regras rigorosas sobre o uso de inteligência artificial nas campanhas, incluindo a necessidade de rotulagem e a proibição de manipulações digitais. A Justiça Eleitoral alerta que o uso indevido dessas tecnologias pode acarretar sanções severas, como a cassação da candidatura.
Eliza concluiu afirmando que está em contato com advogados para investigar o caso e assegurar que sua campanha esteja conforme as regras eleitorais. “Tudo que está acontecendo será apurado. A minha atuação como deputada tem dificultado um pouco a campanha, mas estamos resolvendo isso.”