No ritmo do mês do trânsito, muitos já estão pensando no caminho que a política brasileira tomará na próxima eleição presidencial. Segundo o filosofo Marcos Nobre, professor da Unicamp e presidente do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o próximo pleito será uma oportunidade para que o País construa “um novo conjunto de regras de convivência política”.
Esquerda – A movimentação da esquerda começou cedo e desde o início do ano, os partidos começaram a confirmar alguns nomes como pré-candidatos, como exemplo, do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, anunciado desde março pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), e o candidato a presidente das últimas eleições, Fernando Haddad (PT), que apesar de ter sido derrotado por Bolsonaro, foi anunciado como pré-candidato pelo ex-presidente Lula. Um cenário que torna mais difícil uma união de centro e de esquerda.
Direita – Apesar de não se manifestar em relação a reeleição, as manifestações de Jair Bolsonaro mostram que o atual presidente está em busca da reeleição. E apesar das duras criticas da atuação a gestão na pandemia, Bolsonaro ainda desfruta da aprovação de uma parcela da população e tem uma base de apoiadores fies, que dificilmente vão abandoná-lo na próxima disputa. Ainda mais, agora que o presidente conta com uma base dentro do Congresso, oriunda dessa vitória do Arthur Lira (PP-AL), e ele vai tentar se vender como aquele que é o único capaz de impedir o retorno da esquerda ao poder.
Vários outros nomes podem surgir até o começo da disputa, o que é normal. Já que muitos partidos acabam por anunciar vários nomes como um teste para saber qual pré-candidatura ganha mais musculatura para chegar forte na disputa eleitoral.
Redação