Na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (9), o vereador Marmuthe Cavalcanti (Republicanos) afirmou que tem sido procurado por pais de alunos aflitos com a falta de vagas na rede municipal de ensino. O parlamentar também demonstrou preocupação com o projeto de alargamento da faixa de areia das praias da Capital.
“Estive, essa semana, visitando a Escola Comendador Cicero Leite, onde muitos pais vivem o drama de não terem vagas para matricular seus filhos, ou só terem acesso ao ensino remoto. A escola entrou em reforma, uma obra que era para ter sido iniciada em abril de 2022, mas só teve início em junho, e já extrapolou todos os prazos de entrega”, explicou.
De acordo com Marmuthe, a reforma corre a passos lentos e ainda permanece em estágio inicial. “Conheci de perto a realidade local, as crianças estão tendo seu futuro comprometido. Foi feito um termo aditivo para dilatar o prazo de entrega da obra em sua totalidade no dia 25 de março. Afirmo que a reforma não vai estar concluída nesta data, a obra vai ser entregue parcialmente, e os alunos vão continuar sem aulas presenciais”, lamentou.
O parlamentar também criticou a falta de acesso a tablets e internet, tendo em vista a necessidade de manutenção das aulas remotas devida às obras. “Quem matricula seus filhos na rede municipal de ensino é porque não tem condições de dar uma logística melhor para eles. Essas crianças estarão bastante comprometidas no futuro. Prometeu-se que as aulas presenciais voltariam presencial, mas não vão voltar e não há data certa para esse retorno”, criticou.
Segundo o vereador, muitos pais têm se queixado de problemas para matricular seus filhos por falta de vagas. “Além disso, muitos alunos estão sendo matriculados longe de casa, inclusive crianças com deficiência. Não queria estar aqui discutindo isso, porque educação é basilar e deveria ser tratada como prioridade pelos gestores”, reforçou.
Alargamento das faixas de areia
“Nosso mandato também tem se preocupado com o projeto de engorda e alargamento das faixas de areia no litoral da nossa cidade. A Câmara precisa entrar nesse debate, esse projeto não pode avançar sem o aval desta Casa. Não quero ser responsabilizado, lá na frente, pelos impactos ambientais, orçamentários e sociais dessa ação. Será que isso é prioridade para a cidade tendo tantas outras demandas?”, questionou Marmuthe.
