O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, pelo gesto dos supremacistas brancos feito durante uma sessão do Senado no dia 24 de março. Ele vai responder por ter praticado e induzido a discriminação e o preconceito de raça.
O MPF diz que é “evidente” que Filipe agiu de forma intencional e “tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do seu gesto”.
“Não é verossímil nem casual que tantos símbolos ligados a grupos extremistas tenham sido empregados de forma ingênua pelo denunciado, ao longo de vários meses em que ocupa posição de poder na estrutura da administração pública federal, nem que sua associação a grupos e ideias extremistas tenha sido coincidência em tantas ocasiões”, argumentam os procuradores na denúncia.
Os procuradores refutaram o argumento do assessor, que disse que estava ajustando seu terno. “Foram realizadas perícias minuciosas sobre os movimentos praticados por Filipe a fim de analisar se o assessor estaria de fato apenas ajeitando o seu terno, como ele alegou. No entanto, a conclusão investigativa apontou que as ações foram incompatíveis com um possível ajuste das suas roupas”, registrou o MPF em nota.
Brasil 247/Estadão