O senador José Maranhão incluiu na sua agenda a participação em alguns eventos carnavalescos, a partir de João Pessoa, mas a prioridade maior é a articulação política para viabilizar sua pré-candidatura ao governo do Estado pelo MDB nas eleições de outubro. O parlamentar, em declarações a emissoras de rádio, foi abordado sobre a conjuntura paraibana com vistas ao pleito vindouro e tornou-se enfático ao asseverar que a unidade das oposições é uma miragem. Deu como exemplo que há pré-candidaturas em diferentes partidos sem sinalização de que algum postulante pretenda abrir mão de pretensões.
Alternando compromissos em João Pessoa e na região do Curimataú, o senador emedebista recusou-se a confirmar intenção ou compromisso de apoio à pré-candidatura do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, pelo PSD, ao Palácio da Redenção. Frisou pela enésima vez que o fato de o MDB participar da administração municipal na Capital com o vice-prefeito Manoel Júnior, que espera ser efetivado como titular na hipótese de Cartaxo vencer, não obriga a maioria do partido a fechar com a pré-candidatura de Luciano. “O MDB tem uma pré-candidatura lançada, que é a minha, e cabe lembrar que houve até unanimidade quando o lançamento foi feito. Portanto, é esse o pacto que está valendo internamente”, salientou José Maranhão.
Ex-governador da Paraíba em três ocasiões, o senador argumenta que tem experiência suficiente para voltar a administrar o Estado e, também, agrega a confiança de setores influentes do eleitorado que sufragaram seu nome em outros pleitos. Maranhão acrescentou que tem aprofundado contatos com representantes de segmentos da sociedade e com líderes políticos dentro da estratégia de sistematizar as principais reivindicações em pauta no atual momento que o país enfrenta. A seu ver, a tese de unidade oposicionista, embora respeitável, de certa forma fere a autonomia de partidos interessados em lançar candidaturas próprias ao páreo majoritário. O próprio eleitorado, de acordo com Maranhão, motiva-se pela disputa, pelo confronto de ideias e de programas, para poder fazer sua opção legítima no contexto das candidaturas a serem oficializadas em convenções.
– Estamos num período probatório, de balão de ensaio de pretensões ou candidaturas, para aferição da tendência popular em relação à próxima eleição, já que cada eleição tem características peculiares. Neste período, é inevitável que haja entendimento ou conversação preliminar, sem que isto signifique necessariamente compromisso. Os líderes no âmbito de cada partido sabem o momento exato das definições que serão processadas para o julgamento pelo eleitorado, que é o senhor da decisão – finalizou o senador emedebista, revelando-se pronto para missões ou desafios que lhe forem confiados.
Os Guedes