A mudança de gestão do Hospital Edson Ramalho, que deixa de ser comandado pela Polícia Militar e será administrado pela Fundação PB Saúde, do governo do estado, não foi bem recebida por deputados oposicionistas ao governador João Azevêdo (PSB).
Durante sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta quarta-feira (10), os deputados Walber Virgolino (PL) e Sargento Neto (PL) criticaram a decisão do executivo estadual e devem apresentar um requerimento de encontro ao PL.
Primeiro a se pronunciar sobre o assunto, Walber acusou o governo de não ter discutido a proposta com os oposicionistas. Ele relatou que membros da PM teriam feito ligações para o parlamentar se posicionando contra e chegou até mesmo a incitar os profissionais da segurança a organizarem uma greve.
“Esse PL do Edson Ramalho empurrado goela abaixo. O governo tora corda todo dia com a PM, acho que ele acha a PM fraca. Acho que a PM devia ir para as ruas fazer greve. Tenho recebido ligações de policiais militares dizendo que isso não é interessante para a polícia. Isso é uma artimanha do governo do estado para tirar o hospital da PM e colocar na PB Saúde para fazer o que fizeram com a Cruz Vermelha. Se eu fosse policial militar fazia greve”, disse, durante sessão da ALPB nesta quarta-feira (10).
Em tom mais moderado, Sargento Neto (PL) antecipou que está discutindo a apresentação de um documento formal para barrar a transição do hospital para a Fundação PB Saúde. Ele, no entanto, não informou que tipo de solicitação seria feita ou quando iria apresentá-la.
“Fizemos alguns requerimentos ao governo do estado, vamos se posicionar em relação a essa transição do Hospital Edson Ramalho, que vai deixar de ser gerenciado pela PM. Isso nos preocupa bastante”, afirmou o parlamentar.
A Secretaria de Saúde já iniciou os estudos técnicos para ampliação dos serviços como, por exemplo, a ampliação da oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a quintuplicação no número de cirurgias realizadas e expansão de serviços especializados, como urologia e assistência em otorrinolaringologia.
Com relatórios do CRM-PB de superlotação e precariedades nos atendimentos, o Hospital Edson Ramalho passou por estudos técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (SED) para ampliação dos serviços como, por exemplo, a ampliação da oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a quintuplicação no número de cirurgias e expansão de serviços especializados. A expectativa é que as obras possam ser realizadas a partir da migração de gestão do hospital.
Via Mais PB