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“Deixei de ver eleitores e passei a ver seguidores, e eles são fanáticos e agressivos”, afirma deputada em plenária sobre apoiadores de Bolsonaro

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Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa da Paraíba, a deputada estadual reeleita Estela Bezerra (PSB) chama atenção da população paraibana para a intolerância e violência registradas durante o processo de campanha eleitoral nesse segundo turno. A fala foi registrada durante o pequeno expediente, na manhã desta terça-feira (23).

“Me assusta perceber que ao longo desses dias, eu deixei de ver eleitores e passei a ver seguidores, e eles são fanáticos e agressivos. Nunca vi por parte dos vermelhos, ninguém ser impedido de falar ou ser espancado por estar usando a cor do seu partido ou a cor do seu time de predileção. É impossível alguém dizer que existe igualdade de comportamento”, disse a parlamentar, que relatou casos de agressões registrados na Paraíba.

“Uma mulher foi espancada, um homossexual foi espancado por pessoas que diziam votar em Bolsonaro. E isso não é igualdade, isso é intolerância e violência, inclusive discursada pelo próprio candidato em rede nacional. Eu verdadeiramente peço para que a gente tenha um pouco de consciência. As instituições nesse país não serão sólidas eternamente”.

Estela aproveitou o espaço para afirmar sua preocupação com a perspectiva da democracia no país e pelas interpretações que são feitas desse momento, e mandou um recado à classe política:

“Fico impressionada com a falta de memória da classe política, e mais impressionada com o mau exemplo que ao longo desse tempo conseguimos dar à sociedade. Hoje estou perto do final da minha primeira legislatura e aprendi aqui o nunca me foi ensinado no meu exercício na política: fazer de conta que as pessoas não estão falando, e fazer de conta que não estou ouvindo. Me parece que esse hábito, que se instaurou nesse ambiente, chegou às ruas. O hábito da falta de audição e da falta de auto reconhecimento”.

No final de seu pronunciamento, a deputada salientou a luta história dos partidos políticos que foram criados a partir de uma base democrática:

“Os partidos de esquerda a exemplo do PT, PCdoB, PSB, possuem uma tradição democrática. E no Centrão, temos o MDB e o PSDB, que têm cultura partidária e tradição histórica. Quando se avalia quais são os partidos mais corruptos do país, vemos o PP – Partido Progressista, um partido pequeno, que hoje possui grande expressividade e que conta como um dos mais corruptos do país”, finalizou a parlamentar.

 

Assessoria

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