Através de decreto, assinado na tarde da terça-feira (14) o prefeito Romero Rodrigues reduziu em 20% o seu salário e em 10% o do vice-prefeito Enivaldo Ribeiro. O decreto tem vigência de 180 dias.
O salário do prefeito sofrerá uma redução de 20%; o do vice-prefeito terá uma redução de 10% e de quem percebe gratificação, a partir de R$ 2, mil também 10%, no âmbito das administrações direta e indireta da Prefeitura. O pacote estabelece ainda um maior controle nos gastos de custeio da máquina, a exemplo de diárias, horas extras, telefone, água, energia e outros.
Com a queda da receita nos últimos meses, o prefeito decidiu emitir o decreto para justamente evitar o que, para ele, seria uma tragédia social de grandes dimensões: demissões em massa no âmbito da Prefeitura. “Já passamos por momentos de dificuldades antes e só conseguimos atravessar o ´deserto´, sem sacrificar os empregos das pessoas, graças à solidariedade de cada um, do prefeito e integrantes diretos da equipe de auxiliares”, disse.
De acordo com o secretário de Finanças e Receita do Município, Joab Pacheco, o repasse da última cota do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) teve uma redução de 50% do esperado – ficando abaixo do que foi transferido no mesmo período em 2015.
Em 2015 o prefeito campinense lançou um pacote similar, quando a crise econômico-financeira já começava a ganhar contornos mais dramáticos.
Na época, Romero Rodrigues assinou um decreto reduzindo em 40% o próprio salário e do então vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima Filho, que prontamente se mostrou solidário às medidas.
Mais uma vez, os principais aspectos ou consequências da crise econômica nacional, como a queda de receitas, perda de capacidade de consumo da população com a diminuição da massa salarial e outros efeitos impuseram iniciativas amargas.
Conforme revelou o prefeito, as obras em execução no município não serão afetadas, pois a meta é enfrentar a crise, mas sem penalizar com perda de qualidade os serviços prestados à comunidade. Por isso, os cortes não atingem as subvenções sociais e os serviços essenciais mantidos pela administração.